
Parece que o Itaú resolveu fazer diferente desta vez. E olha, a diferença não foi pequena não. O banco, que sempre foi conhecido por suas estratégias cuidadosas, deu um verdadeiro golpe de mestre nas negociações trabalhistas.
O que aconteceu? Bom, vamos por partes. O Itaú sentou à mesa com o Sindicato dos Bancários de São Paulo e fechou um acordo que, convenhamos, deixou muita gente de queixo caído. Até dez salários adicionais para quem for demitido! Isso mesmo, você não leu errado.
Os números que impressionam
Pensa só: um funcionário que está há vinte anos na empresa pode receber uma bolada equivalente a dez meses de trabalho. É dinheiro que não acaba mais! Mas calma, não é para todo mundo igual. A coisa funciona numa escala progressiva bem interessante:
- Até 5 anos de casa: 3 salários extras
- Entre 5 e 10 anos: 5 salários
- De 10 a 15 anos: 7 salários
- Acima de 15 anos: a generosidade chega a 10 salários
Não é todo dia que se vê algo assim no mercado bancário, convenhamos. Parece aquela promoção relâmpago que a gente nunca acha, mas dessa vez é real.
O que mais veio no pacote?
Ah, mas não foi só isso não. O acordo trouxe um monte de outras coisinhas que fazem diferença no bolso de qualquer um. Plano de saúde estendido por mais um ano, por exemplo. Isso é ouro em tempos de SUS sobrecarregado e planos particulares nas alturas.
E tem mais: curso de requalificação profissional. Parece que o banco quer ajudar a galera a se reposicionar no mercado. Uma jogada inteligente, diga-se de passagem.
O sindicato, é claro, comemorou como se tivesse ganho na loteria. E com razão! Afinal, conseguir um acordo desses em pleno 2024, com a economia ainda se recuperando da pandemia, não é para qualquer um.
Por trás dos panos
Mas espera aí, você deve estar se perguntando: por que o Itaú faria isso? Será que é pura bondade? Bom, a vida me ensinou que quando a esmola é demais, o santo desconfia.
Analisando bem a situação, parece que o banco está numa encruzilhada. De um lado, a pressão por resultados cada vez melhores. Do outro, a necessidade de se modernizar e cortar custos. E adivinha? As duas coisas raramente andam juntas.
A digitalização dos serviços bancários está aí, né? App que resolve tudo, inteligência artificial atendendo, máquinas substituindo pessoas. É o progresso, mas dói.
E os funcionários, o que acham?
Conversando com alguns conhecidos que trabalham no banco, a sensação é ambígua. Por um lado, o alívio de saber que, se a demissão vier, pelo menos o desembarque será suave. Por outro, aquela pontada de insegurança - será que serei o próximo?
Um analista que prefere não se identificar me contou: "É como ganhar na loteria, mas só se você perder o emprego". Complexo, não?
O fato é que o Itaú parece ter entendido que, num mercado cada vez mais competitivo, a forma como você trata as pessoas na saída é tão importante quanto na entrada. E isso, meus amigos, é uma lição que muitas empresas ainda precisam aprender.
Resta saber se outros bancos vão seguir o exemplo ou se vão continuar na mesmice de sempre. Aposto que muita gente está de olho.