Governo aumenta impostos para equilibrar contas, mas medida gera onda de críticas — entenda o impacto no seu bolso
Aumento de impostos gera onda de críticas; entenda impacto

E aí, o Brasil resolveu mais uma vez seguir pelo caminho mais óbvio — e doloroso — para tentar arrumar a casa: aumentar a conta para o contribuinte. A notícia chegou como um balde de água fria para muita gente, especialmente para quem já sente no dia a dia o peso de uma das cargas tributárias mais pesadas do planeta.

Não é brincadeira não. A equipe econômica do governo basicamente decidiu apertar ainda mais o cinto dos brasileiros e das empresas através de mais impostos. A justificativa? Equilibrar as contas públicas, claro. Afinal, o rombo não some sozinho, não é mesmo?

Mas será que essa é a saída mais inteligente?

É aí que a porca torce o rabo. Economistas de vários matizes — inclusive alguns que normalmente apoiam o governo — estão torcendo o nariz. E não é pouco. Eles argumentam, com certa razão, que aumentar impostos num momento em que a economia ainda está tentando engrenar pode ser um tiro no pé.

Imagine só: você está tentando se recuperar de uma crise, aí chega o governo e aumenta seus custos. Como é que fica? O consumo pode cair, as empresas podem segurar investimentos… É uma reação em cadeia perigosa.

O coro de críticas

Não são só os economistas que estão preocupados. As entidades empresariais já soltaram seus posicionamentos — e nenhum deles é exatamente elogioso. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) praticamente jogou a toalha, dizendo que a medida vai na contramão do que precisa ser feito.

E olha, quando a galera que normalmente defende equilíbrio fiscal começa a criticar medidas de ajuste, é porque a coisa está feia mesmo. O pessoal do mercado financeiro também não está nada animado. Muitos analistas estão revisando suas projeções de crescimento para baixo — e não é pouco.

O que me deixa pensando é: será que não existem outras alternativas? Cortar gastos, talvez? Mas aí é outra discussão, bem mais espinhosa.

E o cidadão comum no meio disso tudo?

Pois é. Enquanto os técnicos discutem tecnicidades, o João e a Maria lá na padaria vão sentir no bolso. Tudo fica mais caro — do pãozinho até o conserto do carro. E o pior: sem necessariamente ver melhorias equivalentes nos serviços públicos.

É aquela velha história: pagamos mais para receber a mesma coisa — ou às vezes até menos. Desanimador, não?

O governo jura de pés juntos que é medida temporária, necessária. Promete que, assim que as contas melhorarem, alivia a pressão. Mas você acredita? Eu confesso que fico com um pé atrás. Imposto tem essa mania feia de subir fácil e descer com dificuldade monumental.

No final das contas, a gente fica nesse vai e vem: o governo precisa de dinheiro, mas ninguém quer pagar mais — especialmente quando não vê retorno. Um dilema bem brasileiro, diga-se de passagem.

Enquanto isso, seguimos na torcida para que dessa vez a história seja diferente. Mas, entre você e eu, não estou segurando muita esperança não.