
Parece que alguém decidiu comemorar o aniversário em grande estilo — e quando digo grande, estou falando de milhões mesmo. O Grupo Sonepar, esse gigante francês do setor elétrico, resolveu presentear a si mesmo com uma aquisição suculenta no Brasil. Quer presente melhor?
A data redonda — 60 anos de existência — serviu de pano de fundo perfeito para um movimento que há muito era esperado pelos entendidos do mercado. A EletroNor, distribuidora que atende 74 municípios do Rio Grande do Norte, agora tem nova dona. Ou melhor, nova controladora.
Os Números que Impressionam
Vamos aos detalhes que realmente importam? A Sonepar desembolsou nada menos que R$ 296 milhões por 51% do capital social da empresa potiguar. Uma quantia que, convenhamos, não é brincadeira nem para os padrões mais elevados.
Mas espere — tem mais. A transação inclui ainda a assumção de dívidas que somam impressionantes R$ 1,2 bilhão. Quando você para para somar tudo, percebe que estamos falando de uma operação que beira os R$ 1,5 bilhão. Assustador, não?
O Que Isso Significa na Prática?
Para o consumidor comum, talvez a mudança passe despercebida — pelo menos inicialmente. Mas nos bastidores, é uma revolução silenciosa. A Sonepar, que já era acionista minoritária desde 2018, finalmente assume as rédeas da operação.
E olha, o timing não poderia ser mais estratégico. Com a EletroNor saindo recentemente da chamada "lista vermelha" da Aneel — aquela que indica distribuidoras em situação financeira delicada —, a empresa se tornou um prato muito mais apetitoso para investimentos.
Um Caso de Persistência que Deu Certo
É curioso pensar como essas negociações corporativas às vezes se assemelham a um jogo de xadrez prolongado. A Sonepar manteve sua participação de 49% mesmo durante os períodos mais turbulentos da EletroNor. Agora, colhe os frutos dessa paciência estratégica.
O que me faz pensar: quantas empresas teriam abandonado o barco diante das dificuldades? A francesa, ao que parece, prefere jogos de longo prazo.
E Agora, José?
Com a aquisição concluída, os holofotes se voltam para os próximos passos. Como a Sonepar vai administrar essa rede que atende mais de 1,4 milhão de pessoas? Quais melhorias podemos esperar na qualidade do serviço?
Uma coisa é certa — o setor elétrico brasileiro continua atraindo olhares estrangeiros. E quando o investimento vem acompanhado de compromisso de longo prazo, todos saem ganhando. Ou pelo menos é o que esperamos.
Enquanto isso, a EletroNor — que já foi considerada a "menina dos olhos" do grupo espanhol Cobra — inicia novo capítulo sob comando francês. Resta saber se será um romance de sucesso.