Petrobras apresenta resultados robustos no terceiro trimestre
A Petrobras surpreendeu o mercado com um desempenho financeiro expressivo no terceiro trimestre de 2025. A empresa registrou lucro líquido de R$ 32,705 bilhões, representando um aumento de 22,7% em comparação com o trimestre anterior.
Os números positivos da estatal se destacaram em um dia de queda para a bolsa brasileira. Enquanto o Ibovespa recuava 0,44% às 12h30, chegando a 152.657 pontos, as ações preferenciais da Petrobras subiam 2,35%, demonstrando a aprovação dos investidores aos resultados divulgados.
Desempenho financeiro em detalhes
Quando excluídos os eventos considerados exclusivos, o lucro líquido da companhia ficou em R$ 28,509 bilhões, mantendo um crescimento robusto de 23% no período. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o lucro totalizou R$ 94,566 bilhões, um impressionante aumento de 76,3% frente ao mesmo período de 2024.
Os acionistas terão motivos para comemorar: os dividendos distribuídos serão de R$ 12,16 bilhões, registrando uma alta de 37,2% no trimestre.
Entre os eventos exclusivos que contribuíram para os resultados, destacam-se:
- Impacto positivo de R$ 5,656 bilhões da valorização do real frente ao dólar
- Reversão de perdas de impairments que gerou ganho de R$ 1,549 bilhão
Produção e exportações em alta
A receita líquida consolidada da Petrobras somou R$ 127,9 bilhões no trimestre, com avanço de 7,4% em relação ao período anterior. Esse desempenho foi impulsionado pelo aumento de 8% na produção total e pelas exportações recordes de 814 mil barris por dia.
As vendas externas alcançaram R$ 38,748 bilhões no terceiro trimestre, com alta de 16,2%. Desse total, as exportações de petróleo responderam por R$ 29,453 bilhões, representando um crescimento de 16,8%.
No mercado interno, as vendas totalizaram R$ 89,158 bilhões (alta de 3,9%), com destaque para o diesel, que registrou aumento de 10,7% na comercialização, alcançando R$ 38,762 bilhões no trimestre.
Eficiência operacional e investimentos
A Petrobras continuou demonstrando eficiência operacional, especialmente na exploração do pré-sal. Em setembro, os custos de extração estavam em US$ 21,01 por barril, incluindo fretes, arrendamentos e pagamentos por royalties. O destaque ficou com o baixo custo de E&P no pré-sal: US$ 6,91 por barril.
Os investimentos mantiveram trajetória de crescimento. No terceiro trimestre, totalizaram US$ 5,5 bilhões, representando alta de 24,3% frente ao trimestre anterior. No acumulado de nove meses, os investimentos chegaram a US$ 14,0 bilhões, com aumento de 28,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A situação do endividamento também merece atenção: a dívida bruta alcançou US$ 70,7 bilhões em 30 de setembro, com aumento de 3,3% no trimestre. Desse total, US$ 42,791 bilhões referem-se a arrendamento de equipamentos, principalmente para exploração e produção.
Os resultados demonstram a resiliência da Petrobras em um cenário de volatilidade nos preços do petróleo, com o Brent cotado a US$ 69,07 em 30 de setembro, reforçando a competitividade da empresa no cenário energético global.
