
Não foi um encontro qualquer. Na terça-feira, enquanto o Brasil discutia futebol e política, um grupo de executivos de peso — desses que decidem orçamentos bilionários — se reunia em Curitiba para um papo que pode afetar o seu bolso. O assunto? O famigerado "tarifão".
Parece que o governo federal acendeu um rastilho de pólvora com o aumento das tarifas de importação. E olha, ninguém ficou de braços cruzados. Empresas como Nestlé, Renault e Siemens — sim, essas gigantes que você conhece das prateleiras do supermercado e das ruas — mandaram seus representantes para a capital paranaense. A agenda? Tentar entender (e quem sabe amenizar) o baque.
O clima na sala? Tensão com cafezinho
Segundo um participante que preferiu não ter o nome divulgado — "não quero virar alvo", justificou —, o clima oscilava entre a diplomacia corporativa e a preocupação legítima. "Tem gente calculando prejuízos na casa dos nove dígitos", confessou, entre um gole de café e outro.
E não é para menos. Com o aumento médio de 20% nas tarifas para diversos setores — de autopeças a produtos químicos —, as contas simplesmente não fecham como antes. Algumas empresas já falam em repassar parte do custo. Outras, em reduzir investimentos. Nada bom.
O jogo de xadrez por trás dos números
Mas calma, não é só reclamação. Os estrategistas de plantão estão buscando alternativas:
- Parcerias com fornecedores locais (o que pode ser bom para a indústria nacional)
- Revisão de cadeias logísticas (leia-se: tentar trazer produtos por outros caminhos)
- Pressão política em Brasília (óbvio, né?)
Um detalhe curioso: parte da reunião foi dedicada a entender "como a China vai reagir". Afinal, o gigante asiático é o principal afetado pelas novas regras. E quando a China espirra, o mundo pega pneumonia — ainda mais no comércio exterior.
Enquanto isso, em Curitiba, o frio parecia menos intenso que o clima nos corredores do encontro. Resta saber se esse diálogo vai esquentar as relações ou se cada um vai puxar a brasa para sua sardinha. Uma coisa é certa: a discussão está longe do fim.