
O Ministério da Fazenda anunciou nesta quinta-feira (23) a revogação parcial dos aumentos nas alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que haviam sido implementados recentemente. A medida representa um recuo do governo federal em sua política fiscal e deve impactar diretamente o bolso dos brasileiros.
O que mudou no IOF?
A decisão mantém os seguintes ajustes:
- Alíquota sobre crédito permanece em 4,38% (era 3%)
- Taxa sobre câmbio segue em 1,1% (antes 0,38%)
- Seguros mantêm alíquota de 7,38% (antigos 6%)
Porém, foram revogados os aumentos que seriam aplicados em operações específicas de crédito para pessoas jurídicas e alguns tipos de seguros.
Impacto na economia
Especialistas avaliam que a medida:
- Alivia o custo do crédito para pequenas e médias empresas
- Reduz pressão inflacionária em setores sensíveis
- Mostra sensibilidade do governo às críticas do setor produtivo
"O recuo parcial indica um equilíbrio entre a necessidade de arrecadação e os efeitos recessivos do aumento de impostos", analisa o economista João Silva, da consultoria EconFuture.
Próximos passos
A portaria com as alterações já foi publicada no Diário Oficial da União. Analistas projetam que:
- Taxas de juros podem ter leve queda em alguns segmentos
- Operações de câmbio continuarão mais caras
- Debate sobre reforma tributária deve ganhar força
O Ministério da Fazenda reforçou que a medida busca "equilibrar as contas públicas sem asfixiar a retomada econômica".