Parece que foi ontem, mas não foi. O Corinthians, esse time que a gente tanto ama, deu uma guinada financeira que deixou muita gente de cabelo em pé. E olha que eu acompanho isso há tempos.
Lá no começo do ano, a previsão era das mais animadoras: um superávit de R$ 27,3 milhões. Quem diria, né? Pois é, a realidade mostrou suas garras e o que vimos foi um déficit assustador de R$ 83,2 milhões. Uma diferença de mais de R$ 110 milhões! Algo realmente para se pensar.
Onde foi que a corda arrebentou?
Bom, vamos por partes. A receita operacional bruta até que se saiu bem - superou a expectativa em R$ 82,4 milhões. Mas cá entre nós, os custos e despesas operacionais foram como um tsunami: R$ 136,3 milhões acima do previsto. É dinheiro que não para no bolso de ninguém.
E tem mais - aquela velha história de "quem muito espera..." se aplica perfeitamente aqui. As receitas de patrocínio e licenciamento simplesmente não chegaram como esperado. Ficaram R$ 31,8 milhões abaixo do projetado. Uma frustração e tanto para o departamento financeiro.
O lado bom da coisa (sim, existe!)
Mas nem tudo são espinhos. As receitas de bilheteria e com transmissões televisivas surpreenderam positivamente - R$ 42,1 milhões acima do esperado. Pelo menos nisso, a Fiel Torcida fez sua parte, como sempre.
E sabe o que é mais curioso? A diretoria, lá no fundo, até esperava por alguns desses resultados. É como aquele ditado popular: "o pior cego é aquele que não quer ver". Eles tinham indicativos, mas a magnitude do problema... bem, essa pegou todo mundo de surpresa.
E agora, José?
O que me preocupa - e deve preocupar qualquer corintiano que se preze - são os próximos passos. Com um rombo desses, fica difícil planejar contratações, manter elenco... é uma bola de neve que pode rolar ladeira abaixo se não for contida.
Andrés Sanchez, sempre ele no centro das atenções, tem pela frente um desafio dos grandes. Vai precisar de muita criatividade e, quem sabe, uma pitada de sorte para reverter esse quadro.
No final das contas, o que resta é torcer - e acompanhar de perto. Porque time grande não é só em campo, né? A saúde financeira é fundamental. E o Corinthians... bem, o Corinthians é mais que um time, é uma paixão que não pode ser medida em números. Mas convenhamos: números negativos assim doem no bolso e na alma.
