O mercado de aviação executiva no Brasil está esquentando — e a ComExport decidiu não ficar de fora dessa. A empresa, que já tem nome forte no comércio exterior, resolveu meter o pé no acelerador e investir pesado no setor de jatos privados. E não veio com meias medidas: trouxe ninguém menos que um ex-executivo da Embraer para comandar a área.
Luiz Fara Monteiro, que já teve os dedos em projetos importantes na fabricante brasileira de aviões, agora vai pilotar a expansão da ComExport nesse mercado que, diga-se de passagem, não é para amadores. "É um setor que exige know-how, contatos e um tino comercial afiado", comenta um especialista que prefere não se identificar.
Por que agora?
O timing não poderia ser melhor. Enquanto a aviação comercial tradicional ainda patina na recuperação pós-pandemia, o nicho dos jatos executivos decolou feito foguete. Empresários que antes torciam o nariz para os custos agora veem valor na agilidade e no sigilo que os voos privados oferecem.
"Tem gente que acha que é só luxo", diz Monteiro em entrevista exclusiva. "Mas quando você precisa fechar um negócio em três cidades diferentes no mesmo dia, ou transportar equipamentos sensíveis, não tem preço que pague."
Os números que impressionam
- O Brasil tem a terceira maior frota de jatos executivos do mundo
- Crescimento de 25% no setor apenas em 2024
- Expectativa de dobrar o faturamento nos próximos 3 anos
A jogada da ComExport não veio do nada — a empresa já vinha observando esse movimento há pelo menos dois anos. Mas foi só agora que resolveram botar a mão no bolso e entrar de cabeça. E convenhamos: quando você traz um peso-pesado como Monteiro para o time, está mandando um recado claro para o mercado.
Resta saber se os concorrentes vão ficar só olhando ou se vão correr atrás. Porque nesse jogo de alto escalão, quem chega primeiro costuma levar a melhor — ou pelo menos os clientes mais gordos.
