Callink Adquire Algar Tech: Fusão Cria Gigante Brasileira de Tecnologia
Callink compra Algar Tech em negócio bilionário

O mercado brasileiro de tecnologia acaba de testemunhar uma daquelas jogadas que mudam o tabuleiro inteiro. A Callink, que já era uma força a ser reconhecida no setor, anunciou hoje a aquisição total da Algar Tech — e cá entre nós, isso não é apenas mais uma transação corporativa qualquer.

Parece que estamos vendo o nascimento de um verdadeiro titã nacional de TI. A operação, que ainda precisa do aval do CADE, promete criar uma empresa com faturamento combinado que beira os impressionantes R$ 5 bilhões. Não é pouca coisa, né?

O que significa essa fusão para o mercado?

Bom, vamos aos detalhes que importam. A Callink vai desembolsar R$ 1,8 bilhão pela aquisição — sendo R$ 1,5 bilhão à vista e o restante vinculado ao desempenho futuro. E olha só como as coisas funcionam no mundo corporativo: o valor pago representa um múltiplo de 7,5 vezes o lucro da Algar Tech antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

Mas não se trata apenas de números. A combinação dessas duas empresas vai criar uma operação com cerca de 15 mil colaboradores — sim, você leu certo — e presença em mais de 50 países. É praticamente uma globalização às avessas, com empresas brasileiras conquistando o mundo.

E os acionistas? Como ficam?

Aqui vem a parte interessante. Os acionistas minoritários da Algar Tech vão receber R$ 8,51 por ação — um prêmio generoso de 36% sobre o preço médio dos últimos 60 dias. Alguém deve estar comemorando por aí.

E tem mais: a Algar, holding controladora da Algar Tech, não vai simplesmente sumir do mapa. Eles vão manter 15% do capital da nova empresa e ainda ganham um assento no conselho de administração. Parece um daqueles divórcios amigáveis onde todo mundo sai ganhando.

O timing perfeito?

O que me chamou atenção foi a declaração do CEO da Callink, Ricardo Baur. Ele não falou apenas em sinergias e eficiências — que são o papo padrão dessas horas — mas mencionou especificamente que a aquisição chega "num momento crucial de expansão dos negócios".

Traduzindo: eles estão montando um quebra-cabeça maior, e a Algar Tech era a peça que faltava. A empresa adquirida traz consigo uma carteira de clientes internacionais sólida e expertise em setores como telecomunicações, varejo e serviços financeiros.

Do outro lado, a Algar parece igualmente satisfeita. A empresa vinha buscando "simplificar sua estrutura" — eufemismo corporativo para focar no que realmente importa — e encontrou na Callink o parceiro ideal para dar continuidade ao crescimento da operação de TI.

No final das contas, essa história me lembra aqueles casamentos arranjados que dão certo contra todas as expectativas. Duas empresas com culturas diferentes, mas com objetivos complementares. Resta saber se o CADE vai dar sua bênção — e como esse novo gigante tecnológico vai se comportar num mercado cada vez mais competitivo.

Uma coisa é certa: o ecossistema de tecnologia brasileiro nunca mais será o mesmo.