
O mercado financeiro brasileiro está com os olhos grudados em mais um capítulo da relação entre duas instituições que, convenhamos, já renderam muita conversa nos corredores da B3. O BTG Pactual, aquele banco que nunca para de surpreender, decidiu dar mais um passo ousado em sua estratégia com o Banco PAN.
E olha que interessante: a proposta é trocar ações. Sim, trocar! Não é compra direta, não é aquisição tradicional - é uma daquelas jogadas que fazem os analistas coçarem a barba pensativos.
Como funciona essa dança das ações?
Presta atenção que a coisa é mais complexa do que parece à primeira vista. O BTG oferece 0,0225 de suas próprias ações para cada ação ordinária do PAN. Parece pouco? Talvez. Mas quando se olha o volume total, a história muda completamente de figura.
Para as ações preferenciais, a proporção cai para 0,02025 ação do BTG. Detalhes que fazem toda diferença, não é mesmo? Quem está acostumado com o mercado sabe que cada centésimo nesse tipo de operação representa milhões de reais em jogo.
O que está por trás dessa movimentação?
Bom, vamos ser sinceros - o BTG já controla o PAN faz tempo. Isso não é novidade para ninguém que acompanha o setor bancário. A questão é que ainda existiam aquelas ações teimosas circulando por aí, resistindo à absorção completa.
Agora, com essa proposta, o banco de André Esteves basicamente está dizendo: "chega de meias medidas, vamos resolver isso de uma vez". É como aquela faxina geral que a gente adia até não poder mais.
E tem mais um detalhe saboroso nessa história toda. O BTG estabeleceu que só vai em frente com o negócio se conseguir pelo menos 67% das ações que ainda estão nas mãos de outros acionistas. É aquele clássico "ou vai ou racha" dos negócios corporativos.
E os pequenos investidores?
Ah, essa é a pergunta que não quer calar! Quem tem umas ações do PAN na carteira deve estar se perguntando se vale a pena entrar nessa dança. A verdade é que cada caso é um caso - depende de quando comprou, por quanto comprou, e qual sua estratégia para o futuro.
Alguns especialistas que conversei nas últimas horas acham a proposta justa. Outros torcem o nariz. O normal do mercado financeiro, sabe como é? Nunca há consenso sobre nada.
O prazo para os acionistas decidirem? Até 6 de junho. Tempo suficiente para pensar, mas não tanto assim para quem gosta de deixar tudo para a última hora.
O que isso significa para o futuro?
Se der certo - e tudo indica que sim - o PAN deixa de ser uma empresa de capital aberto. Vira 100% BTG. Fim de uma era, início de outra.
Para o mercado como um todo, é mais um sinal de que a concentração no setor bancário continua firme e forte. Os grandes ficando maiores, os nichos sendo absorvidos. O ciclo natural do capitalismo, diriam alguns.
Resta saber se os acionistas vão comprar a ideia. Ou melhor, vender suas ações em troca da proposta. Porque no fim das contas, é disso que se trata: uma troca. Como aquelas figurinhas do álbum da Copa, só que com alguns zeros a mais.
E aí, o que você acha? Boa jogada do BTG ou deveriam ter deixado como estava? O mercado responde nos próximos dias.