
O mercado financeiro brasileiro acordou em festa nesta quarta-feira, e não é para menos. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou por unanimidade — você leu certo, unanimidade! — a tão esperada isenção do Imposto de Renda sobre dividendos distribuídos por empresas.
Parece coisa pequena? Nem pensar. Essa decisão tem um peso enorme, daquelas que a gente vai lembrar daqui a alguns anos. O Ibovespa, nosso principal termômetro da bolsa, reagiu na hora, com aquela euforia que só notícia realmente boa provoca.
O que muda na prática para quem investe?
Vamos ao que interessa: seu bolso. Atualmente, quando você recebe dividendos de ações, paga 15% de IR. Com a nova regra — se virar lei, claro — essa tributação simplesmente desaparece. Sumiu. Zerou.
Isso significa que o retorno real dos investimentos em ações brasileiras fica mais atraente. Muito mais. Para as empresas, a história também é boa: fica mais fácil atrair capital, expandir negócios, criar empregos. Um círculo virtuoso, sabe?
Por que os especialistas estão tão animados?
Conversando com alguns analistas, a sensação é de que finalmente o Brasil está dando um passo importante para se alinhar com práticas internacionais. A maioria dos países desenvolvidos não tributa dividendos — e agora estamos seguindo o mesmo caminho.
"É uma mudança de mentalidade", me disse um gestor de fundos, ainda meio incrédulo com a unanimidade da votação. "Sinaliza que o Congresso entende a importância de estimular o mercado de capitais para o crescimento do país."
Mas calma, nem tudo são flores. Alguns economistas — sempre eles — lembram que o governo precisa compensar essa receita em outro lugar. É o velho dilema: de onde vai sair o dinheiro?
E agora, o que esperar?
O projeto ainda precisa passar por outras etapas, mas o sinal verde da CCJ foi fundamental. O mercado odeia incerteza, e essa aprovação unânime tira um peso enorme das costas dos investidores.
Para você que está começando a investir, fica o recado: acompanhe de perto essa história. Pode ser o empurrão que faltava para diversificar sua carteira e pensar no longo prazo. Afinal, quem não gostaria de receber dividendos inteiros, sem desconto?
O clima é de otimismo, mas com os pés no chão. Como me disse um trader experiente: "No mercado financeiro, comemora-se hoje e trabalha-se para amanhã". E amanhã, pelo visto, promete.