
O otimismo que vinha aquecendo a Bolsa de Valores brasileira nesta semana foi abruptamente interrompido nesta quarta-feira, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, abalarem os investidores.
O dólar disparou, fechando o dia com alta de 1,5%, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, recuou mais de 2%. O movimento reflete a preocupação do mercado com possíveis mudanças na política econômica e no cenário internacional.
O que provocou a turbulência?
Dois fatores principais pesaram sobre o mercado:
- Declarações de Haddad: O ministro sinalizou que o governo pode rever a política de dividendos de estatais, o que gerou temores sobre intervenção estatal na economia.
- Vitória de Trump: A vitória do republicano nas primárias de New Hampshire aumentou a percepção de risco global, já que Trump é visto como uma figura volátil para os mercados.
Impactos imediatos
Os efeitos foram sentidos em várias frentes:
- Dólar comercial fechou a R$ 4,95, maior patamar em três semanas
- Ibovespa caiu para 128 mil pontos, perdendo todo o ganho da semana
- Juros futuros subiram, refletindo maior aversão ao risco
O que esperar agora?
Analistas alertam que a volatilidade deve continuar nos próximos dias, especialmente com:
- Novos posicionamentos do governo sobre política econômica
- Evolução do cenário político nos EUA
- Expectativa para a próxima reunião do Copom
Para investidores, a recomendação é de cautela e diversificação da carteira neste momento de incertezas.