
O presidente argentino Javier Milei anunciou nesta semana um programa polêmico que promete revolucionar o mercado cambial do país. A iniciativa, batizada de "Dólar Libre", permitirá que cidadãos regularizem suas reservas de dólares físicos sem precisar comprovar a origem do dinheiro.
Como funcionará o programa?
De acordo com fontes do governo, o plano terá três pilares principais:
- Anistia fiscal: Não serão feitas perguntas sobre como o dinheiro foi obtido
- Taxa preferencial: Cobrança reduzida para conversão em instrumentos financeiros
- Prazo limitado: Oferta válida apenas por tempo determinado
Impacto na economia argentina
Analistas estimam que os argentinos guardem entre US$ 200 bilhões e US$ 400 bilhões em espécie dentro de casa, o que representa uma das maiores "poupanças em colchões" do mundo. A medida busca trazer parte desse montante para o sistema financeiro formal.
"É uma jogada arriscada, mas necessária", afirmou o economista Carlos Pérez ao comentar a iniciativa. "O governo está trocando arrecadação imediata por maior transparência no longo prazo."
Reações mistas
Enquanto setores empresariais comemoram a possibilidade de maior acesso a moeda estrangeira, críticos alertam para riscos:
- Possível aumento da lavagem de dinheiro
- Desincentivo ao uso do peso argentino
- Questionamentos sobre justiça fiscal
A implementação do programa está prevista para as próximas semanas, com detalhes a serem divulgados pelo Banco Central da Argentina. Especialistas recomendam que interessados acompanhem de perto os requisitos e prazos para não perder a oportunidade.