
Parece que o açaí conquistou definitivamente seu lugar no mundo — e não estou falando só das tigelas coloridas das praias cariocas. A Açaí Concept, uma das redes mais conhecidas do segmento no Brasil, decidiu que é hora de levar nossa iguaria roxa para dominar o planeta.
E não é brincadeira: estamos falando de um investimento pesado, daqueles que fazem barulho. Quarenta milhões de dólares. Sim, você leu certo. Quatro zero seguido de seis zeros. Uma grana que não cai do céu, mas que vem de fundos de private equity e investidores que acreditam no potencial dessa frutinha poderosa.
Onde e Como a Expansão Vou Acontecer
Os planos são ambiciosos, para dizer o mínimo. Até 2026 — que parece longe, mas está logo ali — a marca pretende abrir nada menos que 100 novas unidades internacionais. Os alvos? Os lugares mais exigentes do mundo gastronômico.
- Estados Unidos: Óbvio, né? O mercado que adota trends alimentares como ninguém
- Europa: Espanha, Portugal, Inglaterra e Itália — países com culturas alimentares fortíssimas
- Oriente Médio: Uma aposta ousada, mas que pode render muito, especialmente em Dubai e Abu Dhabi
O modelo? Franquias, majoritariamente. Uma estratégia inteligente que permite crescer rápido sem colocar todo o capital próprio em jogo. Experiência própria? Já têm seis unidades fora do Brasil — duas em Miami, duas em Lisboa, uma no Porto e outra em Madrid. Não é pouco.
Não é Só Açaí — é Experiência
O que me chamou atenção — e aqui vai um palpite pessoal — é que a empresa não está vendendo apenas açaí. Está vendendo Brasil. Está vendendo experiência tropical, energia, vitalidade. As lojas da rede são conceituais, modernas, Instagramáveis. Parece bobagem, mas num mundo onde comemos primeiro com os olhos (e com a câmera do celular), isso faz toda a diferença.
E tem mais: o cardápio adaptado. Açaí doce para o paladar europeu, opções veganas, combinações locais. Uma flexibilidade que mostra maturidade de negócio — porque impor nosso paladar brasileiro, acostumado com açaí gelado e bem doce, não funcionaria em Lisboa ou em Milão.
O que Isso Significa para a Economia Brasileira?
Para além das fronteiras empresariais, essa expansão toda representa algo maior: a globalização de um produto genuinamente brasileiro. O açaí junta-se ao café, à cachaça, à feijoada (que já tem versões por aí) como embaixador gastronômico do Brasil.
Gera emprego aqui — na produção, no desenvolvimento de produtos — e lá fora. Movimenta a cadeia produtiva da Amazônia. Coloca o Brasil no mapa da alimentação saudável mundial, um mercado que só cresce.
Resta torcer para que dê certo — porque, convenhamos, depois do sucesso da Brazilian steakhouse pelo mundo, nada mais justo que nosso doce (ou gelado) da vez brilhe internacionalmente.