
O mercado financeiro parece ter chegado a um consenso — pelo menos em parte. Depois de tantos sobressaltos, a maioria dos analistas já crava: a taxa Selic começará a descer a partir de 2026. Mas aqui começa o verdadeiro cabo de guerra. Ninguém sabe ao certo o quão fundo será esse mergulho.
Imagine a cena: economistas reunidos, planilhas abertas, café requentado pela terceira vez. Todos concordam no "quando", mas o "quanto" vira uma discussão de bar — cheia de opiniões fortes e poucas certezas. Alguns falam em queda suave, outros preveem um tombo que faria até os mais experientes segurarem o coração.
Os números que dividem opiniões
De um lado, os otimistas. Eles defendem que o Banco Central poderá reduzir a Selic para algo entre 8% e 9% ao ano. Um alívio, sem dúvida, mas nada que assuste os mercados. Do outro lado, os mais cautelosos — ou seria realistas? — projetam quedas mais modestas, mantendo os juros na casa dos dois dígitos.
E no meio disso tudo, uma pergunta que não quer calar: será que o BC vai conseguir manter a inflação sob controle até lá? Porque, vamos combinar, a memória é curta, mas ninguém esqueceu os sustos recentes.
O que pesa na balança
- O desempenho da economia global — que anda mais imprevisível que novela das nove
- As decisões do Fed americano, porque quando eles espirram, nós pegamos pneumonia
- O humor dos investidores internacionais, sempre entre o cético e o apocalíptico
- E, claro, nossa velha conhecida: a política interna
Não é à toa que os relatórios dos bancos parecem cada vez mais com livros de ficção científica — cheios de cenários alternativos e hipóteses que beiram o fantasioso.
E o consumidor nessa história?
Enquanto os especialistas debatem porcentagens, o brasileiro médio só quer saber de uma coisa: quando o crédito vai deixar de ser artigo de luxo. A resposta? Depende. Depende de tantos fatores que às vezes dá vontade de jogar uma moeda para cima e torcer.
Uma coisa é certa: quando a queda começar, vai ser como assistir a um jogo de futebol importante — todo mundo vai parar para ver o que acontece. E, como em qualquer jogo, pode ter gol de placa ou frango monumental.
O que nos resta? Ficar de olho nos indicadores, acompanhar as reuniões do Copom e — por que não? — fazer uma pequena aposta entre amigos sobre o tamanho da queda. Afinal, se nem os especialistas sabem, quem somos nós para não arriscar um palpite?