Inflação em 2025: Mercado reduz expectativa pelo 13º semana consecutiva e mira em 4,86%
Mercado reduz expectativa de inflação para 2025: 4,86%

Parece que virou mesmo um hábito — e dos bons, diga-se de passagem. Pela décima terceira vez consecutiva, os especialistas que acompanham o ritmo da nossa economia decidiram baixar ainda mais a régua da inflação prevista para o próximo ano. O Boletim Focus, aquele relatório semanal do Banco Central que todo mundo fica de olho, trouxe uma revisão que não surpreende, mas, convenhamos, alivia.

O alvo agora para o IPCA de 2025 está fixado em 4,86%, um recuo sutil se comparado à previsão da semana passada, que era de 4,87%. Uma mudança mínima, quase imperceptível para muitos, mas que carrega um simbolismo danado quando olhamos o conjunto da obra. É o que eu sempre digo: na economia, até os centavos contam uma história.

E o que significa essa sequência de quedas?

Bom, para começar, treze semanas seguidas de ajustes para baixo não é algo que acontece todo dia. Isso indica uma certa convicção por parte do mercado — uma confiança de que as políticas atuais estão, sim, surtindo efeito e que o barco da economia está seguindo um rumo mais estável. É como se a comunidade financeira, sempre tão cautelosa, finalmente começasse a soltar um pouco o fôlego.

Não é para menos. Um IPCA mais comportado significa juros basicamente estáveis — a Selic deve continuar firme nos atuais 10,50% ao ano até o final de 2024 — e um ambiente mais previsível para negócios e investimentos. E previsibilidade, meu caro, é o que não tem preço.

E o cenário externo? Como fica?

Ah, ótima pergunta. É claro que o mundo lá fora ainda é uma caixa de surpresas, com suas tensões geopolíticas e oscilações. Mas o fato é que, internamente, estamos construindo uma base sólida. O mercado não revisaria suas expectativas semana após semana sem enxergar fundamentos concretos. É uma aposta de que estamos no caminho certo.

Claro, sempre tem aquele tom de "vamos com calma". Ninguém está soltando foguete ainda. A inflação, mesmo em queda, ainda pressiona o poder de compra do brasileiro. Mas a direção é clara: para baixo. E isso, convenhamos, é um alívio e tanto depois de tantos anos de turbulência.

No fim das contas, a mensagem que fica é de um otimismo cauteloso — daqueles que não comemoram antes da hora, mas que reconhecem quando o time começa a jogar direito. Resta torcer para que o hábito continue.