O mercado financeiro brasileiro vive mais um dia histórico com o Ibovespa batendo seu terceiro recorde consecutivo nesta sexta-feira, 7 de novembro de 2025. O principal índice da B3 encerrou o pregão com valorização de 0,47%, atingindo a marca inédita de 154 mil pontos.
Petrobras lidera alta do Ibovespa
As ações da Petrobras foram as grandes protagonistas da sessão, impulsionadas pelos resultados do terceiro trimestre e anúncio de dividendos. A estatal apresentou lucro líquido consolidado de R$ 32,8 bilhões no período, resultado 0,5% superior ao mesmo trimestre de 2024.
Além do desempenho financeiro, o mercado reagiu positivamente à aprovação do pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos aos acionistas. Com isso, as ações preferenciais (PETR3) fecharam em alta de 4,80%, enquanto as ordinárias (PETR4) valorizaram 3,51%.
Bancos acompanham tendência positiva
Os principais bancos do país também contribuíram para o avanço do índice, embora com performances mais modestas:
- Itaú (ITUB4): alta de 0,07%
- Bradesco (BBDC3): estável e (BBDC4): alta de 0,05%
- Santander (SANB11): avanço de 0,34%
- Banco do Brasil (BBAS3): valorização de 0,26%
Dólar recua e COP30 avança
Enquanto o Ibovespa subia, o dólar comercial recuava para R$ 5,33, acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana. Especialistas atribuem o movimento aos dados mais fracos da economia dos Estados Unidos, onde o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan caiu para 50,3 em novembro, abaixo da expectativa de 54,2.
No cenário internacional, a COP30, realizada em Belém, continua atraindo atenções. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do segundo dia da cúpula de líderes, que já resultou em novos aportes significativos para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF).
O fundo recebeu promessas de US$ 3 bilhões da Noruega, além de investimentos da França e Indonésia. Com a contribuição brasileira, o volume total anunciado ultrapassa US$ 5,5 bilhões, e o governo espera novas adesões nos próximos dias.
Perspectivas para o mercado
Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, analisa que "mesmo após declarações mais hawkish (leves) de Jerome Powell e de outros membros do banco central americano, o mercado de Treasuries segue devolvendo prêmios, com o aumento das apostas em novos cortes de juros na reunião de dezembro, o que reduz a atratividade do dólar e favorece moedas emergentes como o real".
O cenário combina otimismo doméstico com condições internacionais favoráveis, criando um ambiente propício para que o Ibovespa continue sua trajetória de valorização, enquanto o dólar mantém tendência de baixa frente ao real.