
Parece que os ventos da política comercial internacional estão mudando de novo, e não é para melhor. Donald Trump, aquele mesmo que já nos surpreendeu antes, voltou à carga com uma proposta que pode dar dor de cabeça ao Brasil.
O ex-presidente americano - que agora busca retornar à Casa Branca - soltou a bomba: quer enfiar uma tarifa de 25% em cima dos caminhões que o Brasil exporta para os Estados Unidos. Vinte e cinco por cento! Não é pouco, não.
O timing da coisa toda
O anúncio veio num daqueles comícios dele, cheio de fogos de artifício e aplausos. Mas por trás do espetáculo, a proposta é séria. Muito séria. Trump justificou a medida dizendo que precisa "proteger os trabalhadores americanos" - aquela velha história que a gente já conhece.
O detalhe que preocupa: essa não é uma ideia solta no vento. Faz parte de um pacote maior de medidas comerciais que ele promete implementar se for eleito. E olha, as pesquisas mostram que a disputa está acirrada.
E o Brasil nessa história?
Pois é, nosso país não é nenhum peixe pequeno quando o assunto é exportar caminhões. Só no ano passado, mandamos para os EUA uma quantidade considerável desses veículos. Se essa tarifa realmente sair do papel, o prejuízo pode ser grande.
Os especialistas que acompanham esse mercado já estão fazendo as contas. E não são contas bonitas, diga-se de passagem. O custo extra provavelmente vai ser repassado para os preços finais - e quem paga a conta somos nós, é claro.
Efeito dominó à vista?
O pior é que isso pode ser só o começo. Quando um país grande como os EUA mexe nas regras do jogo, outros podem seguir o exemplo. É aquela velha história: uma pedra atirada no lago cria ondulações que se espalham.
Os empresários do setor automotivo brasileiro devem estar com os cabelos em pé. Imagina ter que recalcular toda a estratégia de exportação de uma hora para outra? É de enlouquecer qualquer um.
E tem mais: isso pode afetar até os planos de expansão das montadoras aqui no Brasil. Quem investe pesado para produzir mais, se do nada o principal mercado some?
O que esperar agora?
Bom, por enquanto é só uma promessa de campanha. Mas como sabemos, promessas de campanha às vezes viram realidade - especialmente quando vêm de Trump.
O governo brasileiro, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente. Mas é quase certo que já estão preparando a defesa. Afinal, ninguém quer levar uma rasteira dessas sem reagir.
Enquanto isso, o mercado fica de olho. Cada declaração, cada movimento nas pesquisas eleitorais americanas - tudo importa. Porque no mundo globalizado de hoje, o que acontece lá afeta diretamente o que acontece aqui.
Resta torcer para que a sensibilidade comercial prevaleça. Mas, convenhamos, sensibilidade nunca foi exatamente o forte do ex-presidente americano.