
E lá vamos nós de novo. A partir desta quarta-feira (1°), os produtos brasileiros que desembarcam nos EUA ficam mais caros — e não, não é só "coisa de rico" que não afeta o Zé da padaria. A medida, que já vinha sendo anunciada desde o ano passado, finalmente saiu do papel.
Trump, aquele que nunca foi muito de diplomacia, decidiu aumentar as tarifas para 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio brasileiro. "Proteção à indústria americana", dizem eles. "Pura retaliação", respondem por aqui.
O que isso significa na prática?
Imagine que você é um exportador de aço. Seu produto, que antes chegava lá por US$100, agora vai custar US$125. E adivinha só quem paga a diferença? Ou o importador americano absorve o custo (e repassa pro consumidor final), ou nós brasileiros temos que baixar nosso preço — e nosso lucro.
E olha que a briga não é de hoje:
- 2017: Brasil exportou US$2,6 bilhões em aço para os EUA
- 2018: Número caiu pela metade
- 2019: E agora com essa bomba?
Não é só o setor metalúrgico que se contorce. O alumínio, usado em tudo — desde latinhas até peças de carro — também entra na dança. E tem mais: analistas já especulam que isso pode ser só o começo. Será que outros produtos vão entrar na lista?
E o consumidor brasileiro?
Pois é, você aí que acha que isso é "problema de empresário" pode se enganar feio. Quando as exportações caem, a receita do país diminui. E quando a receita diminui... Bem, todo mundo sabe no que dá, né? Mais desemprego, menos investimento, e aquele velho efeito dominó.
Mas calma, nem tudo está perdido. O Itamaraty já está se mexendo — embora alguns digam que devagar demais. Negociações com a União Europeia e China podem abrir novos mercados. Só que convenhamos: substituir os EUA não é como trocar de fornecedor no Mercado Livre.
Enquanto isso, os industriais brasileiros fazem contas e rezam — porque no jogo das tarifas, quando um espirra, o outro pega pneumonia. E desta vez, parece que estamos no time dos vulneráveis.