OMC em Xeque: Por que a Organização Mundial do Comércio Não Consegue Barrar o Tarifaço de Trump?
OMC em crise: por que não barra o tarifaço de Trump?

Parece que a época em que a Organização Mundial do Comércio (OMC) ditava as regras do jogo ficou pra trás. A realidade é dura: a entidade, que antes era tida como o árbitro máximo das disputas comerciais globais, hoje patina — e como patina — para conter medidas unilaterais como o famoso (e temido) tarifaço imposto por Donald Trump.

E não é papo de teórico da conspiração não. A análise é clara e cristalina: a OMC, na prática, se tornou quase um tigre de papel. Seu mecanismo de solução de controvérsias, outrora respeitado, hoje sofre com lentidão e, pior, uma politização que mina sua autoridade. O resultado? Países poderosos agem por conta própria, sabendo que a punição… bem, pode nem vir.

O Jogo Real Saiu dos Corredores de Genebra

O que está valendo mesmo, na marra, é a velha e boa — ou nem tão boa assim — negociação direta. É país-a-país, olho-no-olho (ou tela-na-tela, na era digital). Um toma uma medida, o outro revida na mesma moeda, e aí começa uma dança de calculismo estratégico para ver quem cede primeiro. A OMC fica assistindo de camarote, com pouco poder de fogo para intervir de verdade.

É um jogo de xadrez de alto risco, onde peões como commodities e produtos industrializados viram moeda de troca. E o Brasil? Ah, o Brasil precisa ficar esperto. Nesse tabuleiro global, a estratégia não pode ser só reagir — tem que ser antecipar. Fortalecer alianças, diversificar mercados e ter um plano B, C e D na manga se o conflito EUA-China escalar ainda mais.

No fim das contas, a pergunta que fica é: num mundo onde as instituições multilaterais definham, quem segura a bronca? A resposta, por enquanto, parece estar cada vez mais no campo bilateral. E isso, meus amigos, é um terreno bem mais pantanoso e imprevisível.