Oi sofre revés nos EUA: Justiça americana rejeita plano de recuperação e complica futuro da operadora
Oi sofre revés nos EUA; Justiça rejeita Chapter 11

Parece que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. E para a Oi, a notícia que chegou de além-mar não poderia ser pior – um verdadeiro balde de água fria nos planos de recuperação da operadora.

A Justiça dos Estados Unidos, num daqueles veredictos que deixam todo mundo de cabelo em pé, rejeitou o pedido da Oi para homologar seu plano de recuperação financeira por lá. O juiz David Jones, do tribunal do Texas, simplesmente lavou as mãos e disse que a lei americana não tem nada com isso.

Agora me explica uma coisa: como é que uma empresa brasileira, cheia de esperanças, vai se reerguer se nem aqui nem lá dão uma chance? O pedido da Oi no Chapter 11 – aquele processo de recuperação que empresas americanas usam quando a coisa aperta – foi barrado na porta. O juiz argumentou, com uma frieza que dói, que o caso "não tem conexão suficiente" com os Estados Unidos.

E olha que ironia: a Oi até tentou um jeitinho, alegando que tinha uns credores por aquelas bandas. Mas o tal juiz Jones não comprou a história. Para ele, a presença de alguns fundos estrangeiros não basta para virar um caso americano. Fechou a porta na cara.

E agora, José?

Sem a chancela da Justiça gringa, o plano de recuperação da Oi fica numa sinuca de bico. A operadora queria usar a decisão americana como um trunfo aqui no Brasil – uma espécie de aval internacional para convencer todo mundo de que seu plano é viável. Mas essa estratégia… bom, foi por água abaixo.

Os credores internacionais, aqueles que a Oi tanto queria agradar, agora ficam de orelha em pé. Sem o Chapter 11, a empresa perde uma ferramenta crucial para negociar com quem tem dólares no bolso. E convenhamos: ninguém gosta de ficar refém da incerteza.

O pior é que o tempo corre contra a Oi. Enquanto isso, a Anatel fica de olho, os concorrentes esfregam as mãos e os clientes… bem, os clientes seguem naquela dúvida cruel de sempre: será que minha operadora vai durar?

Um quebra-cabeça jurídico

O caso virou um verdadeiro nó de questões legais. De um lado, a Oi insiste que precisa do aval americano para fechar acordos com credores estrangeiros. Do outro, a Justiça do Texas manda o recado: "resolvam seus problemas aí no Brasil".

E no meio disso tudo, os tais fundos de investimento – como o Mason Capital e o Pimco – ficam numa posição esquisitíssima. Eles emprestaram dinheiro, querem receber, mas agora não sabem em qual mesa sentar para negociar.

É aquela velha história: quando um não quer, dois não brigam. Só que aqui, a briga é de muitos – e o estrago pode ser colossal.

Resta saber qual será o próximo movimento da Oi. Apelar? Procurar outro caminho? Ou aceitar que, desta vez, o jogo pode estar mesmo perdido? Uma coisa é certa: o futuro da operadora nunca pareceu tão incerto.