Parece que finalmente estamos vendo movimento nesse jogo de xadrez comercial que se arrasta há tanto tempo. O Mercosul e o Canadá — sim, aquele país que nos dá maple syrup e hockey no gelo — decidiram dar mais uma chance às negociações para um acordo comercial.
E olha, a coisa está séria. Na próxima terça-feira, dia 14 de outubro, os representantes dos dois blocos vão se encontrar em Ottawa. A capital canadense vai ser palco de mais um capítulo dessa história que, convenhamos, já teve mais idas e vindas que novela das nove.
O que está em jogo nesta nova rodada?
Bom, se você está se perguntando por que deveria se importar com isso — e é uma pergunta justíssima —, a resposta é mais simples do que parece. Um acordo com o Canadá poderia abrir portas gigantescas para nossos produtos. Imagine só:
- Carne brasileira conquistando o paladar canadense
- Açúcar, etanol e soja encontrando novos mercados
- Oportunidades em serviços e compras governamentais
Mas calma lá, não é só comemorar ainda. As negociações começaram lá em 2018 — sim, faz tanto tempo assim — e desde 2020 estavam praticamente congeladas. Tipo aquele sorvete que você esquece no fundo do freezer e quando encontra já está com aquela camada branca por cima.
Por que agora?
Parece que as estrelas finalmente se alinharam. O governo atual está dando prioridade máxima a essas negociações internacionais. E o Canadá? Bem, eles também parecem mais dispostos a conversar.
O que me faz pensar: será que o mundo pós-pandemia deixou todo mundo mais consciente da importância de ter parceiros comerciais confiáveis? É uma teoria, pelo menos.
E tem mais — as conversas não estão acontecendo no vácuo. Existe todo um contexto geopolítico envolvendo a União Europeia, os Estados Unidos... É como se fosse uma grande dança das cadeiras comercial, e todo mundo quer garantir seu lugar antes que a música pare.
Os desafios que ainda persistem
Não vou mentir para você — ainda tem obstáculos pela frente. Questões ambientais, regras de origem, acesso a mercados... São tantos detalhes técnicos que às vezes dá vontade de jogar tudo para o alto.
Mas sabe o que é interessante? Diferente de outros momentos, agora parece haver um otimismo cauteloso. As fontes próximas às negociações falam em "boa vontade" de ambos os lados. E convenhamos, depois de tantos anos de impasse, qualquer sinal de boa vontade já é motivo para comemorar.
O Canadá é a nona maior economia do mundo, gente. Não é qualquer parceiro comercial. Um acordo bem-sucedido poderia colocar o Mercosul — e o Brasil em particular — em uma posição muito mais interessante no tabuleiro econômico global.
Claro, ainda é cedo para cantar vitória. Negociações comerciais são como construir um castelo de cartas — um sopro mais forte e tudo pode desmoronar. Mas é inegável: ver movimento onde antes havia apenas estagnação já é, no mínimo, refrescante.
Fiquemos de olho em Ottawa na terça-feira. Quem sabe não saímos de lá com mais do que apenas promessas?
