Queda Livre: Exportações Brasileiras para os EUA Desabam 20% com Tarifas de Trump
Exportações para EUA caem 20% com tarifas

Parece que o clima esfriou de verdade nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. E não é só metáfora — os números mostram uma queda brutal de 20,3% nas exportações para o gigante norte-americano no último mês. Aquele papo de "America First" do ex-presidente Donald Trump saiu do discurso e foi direto para o bolso dos exportadores brasileiros.

Os dados são da Secretária de Comércio Exterior, e cara, eles pintam um retrato preocupante. Só em maio, o Brasil embarcou US$ 2,26 bilhões em produtos para os americanos. Pode parecer muito — e é — mas é quase um quinto a menos do que no mesmo período do ano passado.

O que está por trás desse tombo?

Bom, a explicação mais óbvia está nas tarifas que Trump impôs a uma penca de produtos globais, incluindo os nossos. O cara voltou à Casa Branca prometendo fazer barulho, e nas relações comerciais ele está cumprindo o prometido. As alíquotas sobre aço e alumínio foram só o começo — outros setores sentiram o baque também.

E olha só como funciona essa gangorra comercial: enquanto as vendas para os EUA despencavam, as importações americanas por aqui subiram 4,3%. Traduzindo: compramos mais deles e eles compraram menos da gente. A balança comercial, que normalmente nos favorece nesse relacionamento, ficou com superávit de apenas US$ 379,6 milhões. Uma mixaria, se comparado aos US$ 1,12 bilhão de maio do ano passado.

E os produtos brasileiros? Quem se deu pior?

O setor de manufaturados levou a pior — uma queda de 32,4%. Parece que os produtos industrializados brasileiros perderam espaço na prateleira americana. Já os commodities — aqueles produtos básicos como minério e soja — caíram 18,1%. Até os semimanufaturados recuaram 2,8%.

Agora, me diz: será que é só uma flutuação de mercado ou o início de uma tendência mais preocupante? Especialistas que acompanham o comércio exterior estão com a pulga atrás da orelha. E não é para menos — quando o maior parceiro comercial decide apertar os parafusos, a conta chega para todo mundo.

O que me preocupa é o timing. A economia global já estava dando sinais de cansaço, e essas medidas protecionistas podem ser o empurrão que faltava para desacelerar ainda mais o comércio internacional. E o Brasil, claro, não sai ileso dessa história.

Resta saber se isso é uma tempestade passageira ou se vamos ter que nos acostumar com um novo normal nas relações com os EUA. Uma coisa é certa: os exportadores brasileiros já estão sentindo no bolso o peso das decisões tomadas do outro lado do hemisfério.