Alckmin Cruza a Fronteira: Missão no México para Enfrentar o Tarifaco de Trump
Alckmin no México em missão contra tarifas de Trump

O clima é de urgência nos corredores do Planalto. Enquanto o mundo assiste à escalada protecionista dos Estados Unidos, o Brasil não fica parado. Nesta terça-feira (27), o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, pega o avião com destino à Cidade do México. O objetivo? Bem, é quase uma missão de resgate – resgatar a competitividade das nossas exportações diante daquele tarifaco pesado imposto por Donald Trump.

Não é exagero dizer que a coisa tá feia. Os EUA decidiram aumentar as tarifas de importação para uma lista enorme de produtos, e o Brasil, claro, entrou na dança. Só que dançar essa música sozinho? Nem pensar. A estratégia do governo Lula é clara: buscar aliados, formar coalizões e encontrar caminhos alternativos para que nossos produtos não fiquem encalhados aqui.

Uma Agenda Carregada de Expectativas

A agenda de Alckmin por terras astecas está longe de ser férias. Muito pelo contrário. Ele deve se reunir com a secretária de Economia do México, Raquel Buenrostro, para um diálogo franco e direto. A pauta é quente: como podemos fortalecer a integração produtiva entre os dois países para, justamente, contornar as barreiras comerciais erguidas pelo Norte?

Pensa comigo: o México é um dos nossos principais parceiros comerciais na região. Já temos um acordo entre o Mercosul e o México, mas agora a ideia é aprofundar essa relação. Que tal pensar em produzir partes de um carro aqui e outras lá, criando uma cadeia integrada que beneficie a todos? Soa bem, não?

Além das Reuniões de Gabinete

Mas Alckmin não vai ficar só no papo de governo. Ele também tem um encontro marcado com aqueles que botam a mão na massa: os grandes empresários da indústria mexicana. A Frente Nacional de Industriais (Concamin) receberá o vice-presidente para um almoço de negócios que promete render mais do que um bom prato de tacos.

É nesse momento que a teoria vira prática. Ouvir as dificuldades, as oportunidades e desenhar, juntos, soluções criativas. Afinal, quem entende dos perrengues do comércio exterior são eles, os que exportam no dia a dia.

E tem mais. O ministro vai visitar a sede da gigante financeira Bancomext, um banco de desenvolvimento que é peça-chave para fomentar o comércio exterior mexicano. Quem sabe não saem de lá algumas ideias para nosso BNDES?

O Que Esperar Dessa Viagem?

Francamente, ninguém espera um milagre ou um acordo revolucionário assinado em 48 horas. Diplomacia é um jogo de paciência. Mas o sinal que o Brasil está mandando é poderoso: estamos dispostos a conversar, a construir pontes e a não aceitar passivamente as regras do jogo quando elas nos prejudicam.

É uma resposta inteligente, articulada e, vamos combinar, necessária. Enquanto Trump apela para o "America First", o Brasil responde com um "Latin America Together". Soa até melhor, não acha?

O desfecho dessa história ainda está longe de ser escrito. Mas uma coisa é certa: o governo brasileiro não está com a faca no fundo do poço. Está, na verdade, afiando suas melhores lâminas para negociar.