
O vice-presidente Geraldo Alckmin está literalmente colocando o pé na estrada — ou melhor, nas asas de um avião — para abrir novos caminhos para a economia brasileira. E o México é a parada estratégica do momento.
Nesta segunda-feira (26), ele desembarcou em terras mexicanas com uma missão clara: diversificar. Porque, vamos combinar, não dá pra colocar todos os ovos na mesma cesta, não é mesmo? A ideia é ampliar leque de exportações para além das commodities tradicionais.
Mais do que soja e minério
O Brasil quer vender cada vez mais produtos com valor agregado. Estamos falando de coisas como aços planos, autopeças, queijos — sim, queijos! — e até móveis. Parece simples, mas é uma jogada inteligente para aumentar o valor da nossa pauta exportadora.
Alckmin não veio sozinho. Uma comitiva de 30 empresários brasileiros dos setores de alimentação, construção civil, software e energia limpa acompanha a missão. Gente que está pronta para fechar negócio.
Relação comercial que já é forte
O México já é nosso segundo maior parceiro comercial na América Latina. Só no ano passado, o fluxo comercial entre os dois países chegou à marca impressionante de US$ 15 bilhões. Mas tem um detalhe: o Brasil exportou US$ 9,5 bilhões e importou US$ 5,5 bilhões.
Traduzindo: temos um superávit comercial de US$ 4 bilhões com os mexicanos. Não é pouca coisa!
O que já vendemos para eles?
- Ferro-gusa e semimanufaturados de ferro
- Aço plano (aquele que todo mundo usa)
- Autopeças (para manter os carros mexicanos rodando)
- Chassis com motor para veículos
- Até armas de fogo e munições
E tem mais: o Brasil é o principal fornecedor mexicano de produtos siderúrgicos. Quem diria, hein?
Agenda cheia por lá
Alckmin não veio para passear. A agenda inclui reuniões com a secretária de Economia do México, Raquel Buenrostro, e com a chanceler Alicia Bárcena. Também participará de um fórum empresarial Brasil-México — porque conversa entre governos é importante, mas negócio mesmo se faz com empresas.
Uma curiosidade: o México é a segunda economia da América Latina e a 15ª do mundo. E tem um acordo de livre comércio com Estados Unidos, Canadá e União Europeia. Ou seja, é uma porta de entrada para outros mercados importantes.
Parece que o vice-presidente está mesmo botando a mão na massa — ou melhor, na economia — para diversificar nossos parceiros comerciais. E o México, com toda sua importância geopolítica e econômica, parece ser uma aposta mais do que estratégica.
Quem sabe não saem dessa missão alguns acordos interessantes? O tempo — e os negócios — dirão.