Conta de Luz Faz São Luis Liderar Inflação do País em Setembro
São Luís tem maior inflação do país em setembro

Parece que o bolso do ludovicense está mesmo levando uma surra. Enquanto o país inteiro acompanha os números da inflação com aquela esperançazinha de ver alguma melhora, São Luís decidiu seguir na contramão — e de maneira bastante expressiva, diga-se de passagem.

Os dados oficiais do IPCA de setembro não deixam margem para dúvidas: a capital maranhense disparou na frente de todas as outras capitais brasileiras quando o assunto é aumento de preços. Um salto de 0,83% no mês, quase o dobro da média nacional que ficou em 0,44%. A situação é, no mínimo, preocupante.

E o grande vilão dessa história? Quem diria, não é mesmo? A velha conhecida conta de luz. A energia elétrica foi responsável por praticamente carregar a inflação local nas costas, com uma alta assustadora de 6,18% apenas em setembro. Quando a gente para para pensar no acumulado do ano, a coisa fica ainda mais feia: 22,34% de aumento. É dinheiro que some da carteira antes mesmo de a gente conseguir contar.

Não foi só a luz que pesou

Claro que outros grupos de produtos e serviços também deram sua contribuição para apertar o orçamento das famílias. Os transportes subiram 0,72%, a alimentação ficou 0,33% mais cara, e até os cuidados pessoais tiveram aumento de 0,59%. Mas convenhamos — quando a energia elétrica dispara dessa forma, o efeito é cascata. Tudo fica mais caro, da produção ao consumo final.

O que mais me preocupa nisso tudo é o seguinte: enquanto algumas regiões do país conseguem respirar aliviadas com a desaceleração da inflação, aqui no Maranhão a realidade continua dura. Será que essa disparidade regional não merecia uma atenção mais especial dos nossos governantes?

E agora, o que esperar?

Bom, se tem uma coisa que a economia nos ensina é que situações como essa não se resolvem da noite para o dia. A alta da energia elétrica tem suas raízes em questões estruturais que vêm de longa data — e São Luís, aparentemente, está pagando um preço especialmente alto por isso.

Enquanto isso, o jeito é continuar acompanhando esses números com atenção e, quem sabe, repensar alguns hábitos de consumo. Porque quando a inflação aperta, cada real conta — e como conta.