
Parece que a economia decidiu dar uma trégua — e das boas. A Receita Federal acaba de anunciar números que fizeram muitos analistas coçarem a cabeça em sinal de surpresa. Julho, tradicionalmente um mês complicado, simplesmente explodiu as expectativas.
Estamos falando do melhor desempenho para o sétimo mês do ano em uma década inteira. Não é pouco, não. Algo em torno de R$ 243,5 bilhões entraram nos cofres públicos. Um crescimento robusto, na casa dos 8,5% acima da inflação, comparado ao mesmo período do ano passado. Quem diria, hein?
Mas de onde veio tanto dinheiro?
Bom, aí a coisa fica interessante. Não foi um, mas vários setores puxando a carruagem. A indústria, que andava meio capenga, deu uma respirada. O comércio parece ter segurado um pouco menos a ponta. E o serviço… bem, o serviço sempre se vira, não é mesmo?
Alguns tributos específicos foram os verdadeiros heróis anônimos dessa história toda:
- PIS e Cofins: Esses dois, sempre juntos, subiram quase 15%. Alguém está produzindo e vendendo mais por aí.
- Imposto de Renda (Pessoa Jurídica): As empresas lucraram? Pagaram. Simples assim. Um aumento de mais de 10% não deixa mentir.
- ICMS: Aquele imposto estadual que todo mundo sente na hora de pagar a conta de luz? Pois é, ele também deu uma bela contribuição.
Não é mágica, claro. Tem um pouco de governo apertando o cerco na fiscalização — ninguém gosta, mas parece funcionar — e outra boa dose de uma atividade econômica que, veja só, parece estar se mexendo mais do que a gente pensava.
E agora, o que esperar?
O governo, é claro, está se segurando para não comemorar demais. É um sinal verde importante, sem dúvida. Mais dinheiro no caixa significa mais margem para manobras, para investimentos (ou pelo menos é o que a gente espera) e para tentar equilibrar aquelas contas que nunca fecham direito.
Mas calma lá. Um mês bom não faz verão, como diz o ditado. Os próximos meses serão cruciais para ver se foi só um fôlego ou se a economia realmente engrenou de vez. A gente fica na torcida, mas também de olho.
Enquanto isso, o dado de julho fica como um alívio — e uma notícia rara e positiva em meio a tantas manchetes cinzas. Quem sabe não é o pontapé inicial para uma fase mais tranquila? Só o tempo — e os próximos boletins da Receita — vão dizer.