Justiça decreta falência da Oi com dívida de R$ 1,7 bilhão
Oi declarada falida com dívida de R$ 1,7 bilhão

Fim de uma era: Oi é declarada falida pelo Tribunal do Rio

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou oficialmente a falência do Grupo Oi, encerrando um longo processo de recuperação judicial que não conseguiu salvar uma das maiores empresas de telecomunicações do Brasil. A decisão judicial, proferida em 10 de novembro de 2025, reconhece a situação de insolvência da companhia.

Números que explicam a falência

Os dados financeiros apresentados ao tribunal são alarmantes e deixam claro o desequilíbrio nas contas da empresa. A Oi acumula dívidas de aproximadamente R$ 1,7 bilhão, valor que se mostra impagável diante da realidade operacional da companhia.

Enquanto as obrigações financeiras atingem patamares bilionários, a receita mensal da empresa gira em torno de apenas R$ 200 milhões. Essa disparidade entre receitas e dívidas tornou insustentável a continuidade das operações sem a proteção judicial.

Patrimônio esvaziado e decisão judicial

O relatório do tribunal descreve um "patrimônio esvaziado", indicando que a empresa não possui mais ativos suficientes para honrar seus compromissos financeiros. A declaração do juiz responsável pelo caso foi direta: "A empresa está em situação de insolvência".

Esta não é a primeira vez que a Oi busca proteção judicial. A empresa já havia entrado em recuperação judicial anteriormente, mas as tentativas de reestruturação não foram suficientes para reequilibrar suas finanças.

Consequências para o mercado de telecomunicações

A falência da Oi marca um momento histórico no setor de telecomunicações brasileiro. Como uma das operadoras mais tradicionais do país, sua queda deve provocar reorganização no mercado e possivelmente abrir espaço para que outras empresas ampliem sua participação.

Os próximos passos envolvem a nomeação de um administrador judicial que ficará responsável por conduzir o processo de falência, incluindo a venda de ativos e o pagamento aos credores, seguindo a ordem de preferência estabelecida por lei.