
Não foi um segundo trimestre fácil para o Banco do Brasil. Os números chegaram e, bem, digamos que não foram exatamente o que todo mundo esperava. Uma queda de 60% no lucro líquido? Isso mesmo — você não leu errado.
Enquanto o mercado financeiro esperava um desempenho mais robusto, o BB apresentou um lucro de R$ 3,1 bilhões, contra os R$ 7,8 bilhões do mesmo período em 2022. Algo que, convenhamos, não passa despercebido.
O que explica essa queda brusca?
Segundo o banco, uma combinação de fatores pesou no resultado. A alta dos custos com provisões para créditos duvidosos (aquela grana que talvez não volte) e a queda na receita de serviços foram os principais vilões. E olha, quando um banco desse tamanho espirra, o mercado já começa a pensar em pneumonia.
O presidente do BB, Tarciana Medeiros, foi direto ao ponto: "Estamos num ano de ajuste". A frase, dita com aquele tom de quem sabe que o caminho não será dos mais fáceis, já dá o tom do que vem por aí.
E os acionistas? Como ficam?
Boa pergunta. Apesar do tombo nos lucros, o banco manteve o pagamento de dividendos — R$ 2,3 bilhões distribuídos aos acionistas. Uma decisão que, convenhamos, não agrada a todos. Alguns especialistas torcem o nariz: "Será que não seria melhor segurar um pouco mais a grana nesse momento?", questiona um analista que prefere não se identificar.
Mas nem tudo são espinhos. O BB cresceu na carteira de crédito, especialmente para pessoas físicas e pequenas empresas. E aí? Sinal de vida ou apenas tentando compensar as perdas por outros lados?
O que esperar do futuro?
O cenário macroeconômico não ajuda — juros altos, economia devagar, inflação ainda assombrando. O banco promete "eficiência operacional" (leia-se: cortar gastos onde der) e foco em serviços digitais. Resta saber se a estratégia vai colar.
Uma coisa é certa: 2023 está longe de ser um ano tranquilo para o gigante brasileiro. E você, o que acha? Ajuste necessário ou sinal de alerta?