
Pois é, meus amigos, a conta não fecha — e quem paga a conta, como sempre, é o trabalhador. Enquanto o brasileiro tenta se virar com o orçamento cada vez mais apertado, os juros do empréstimo consignado para quem está na iniciativa privada dispararam de vez.
Em julho, a taxa média mensal praticada foi de 3,75%. Sim, você leu certo: quase quatro por cento ao mês. Parece pouco? No papel, até pode ser. Mas no final do ano, a coisa fica feia.
Diferença que dói no bolso
E não para por aí. Quem é funcionário público ou já garantiu a aposentadoria segue com condições bem mais favoráveis — a taxa para eles ficou em 2,83% no mesmo período. Uma diferença e tanto, não?
Os dados são do Banco Central e mostram uma realidade que muitos já sentem, mas poucos param pra calcular: o custo do crédito para o setor privado segue em patamares altíssimos, pressionando ainda mais o orçamento doméstico.
E por que essa disparidade?
Bom, a justificativa que sempre rola é o risco. Instabilidade no emprego, variação de renda… Mas será que isso explica tudo? Às vezes a gente fica pensando se não é só mais um daqueles casos em que o jogo é desigual desde o começo.
E olha que desde o começo do ano a taxa para o setor privado já subiu mais de 0,3 ponto percentual. Lá em janeiro tava em 3,41%. Agora, 3,75%. Vai entender.
E os consignados dos aposentados?
Para completar o cenário, os empréstimos consignados para beneficiários do INSS também viram alta — passaram de 2,63% em junho para 2,83% em julho. Ou seja: todo mundo sentiu o aperto, mas uns mais que os outros.
Não é à toa que muita gente anda revendo as contas, adiando sonhos e segurando as pontas. Credito tá caro. E para quem depende do salário do mês para fechar as contas, essa notícia é mais um balde de água fria.
Fica a dica: na hora de pegar um empréstimo, respira fundo, compara as taxas e — se possível — espera um momento mais tranquilo. Sua paz financeira agradece.