Ibovespa e Dólar: Bancos Dão Show de Volatilidade e Mercado Fica no Zero a Zero
Ibovespa e dólar estáveis em dia de volatilidade bancária

Parecia que o mercado acordou sem saber pra que lado virar. Numa sexta-feira que prometia — ou ameaçava — fortes emoções, o Ibovespa e a cotação do dólar frente ao real resolveram fazer exatamente o contrário: quase nada.

O índice benchmark da B3, após um início de pregão tentando ganhar algum fôlego, simplesmente decidiu que estava bem onde estava. Fechou a sessão praticamente no zero a zero, com uma variação tão ínfima que mais parecia um arredondamento contábil. Uma quietude inquietante, diga-se de passagem.

Mas não se engane. Por trás dessa aparente calmaria, um verdadeiro cabo de guerra estava rolando. E os protagonistas? Os papéis dos grandes bancos, é claro.

O Sobe e Desce dos Títulos Bancários

Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil — a santíssima trindade do setor financeiro nacional — deram um verdadeiro show de volatilidade. Foi um sobe e desce que deixou até trader experiente com o coração na mão.

As ações do Itaú, por exemplo, tentaram a sorte e chegaram a subir, mas não conseguiram segurar o pico. O Bradesco, sempre um pouco mais sensível aos humores do mercado, também entrou nessa gangorra. Já o Santander… bem, o Santander segurou melhor as pontas, mas não escapou ileso do clima de indecisão geral.

Parece que o mercado está digerindo um monte de coisa ao mesmo tempo. De um lado, a expectativa em relação aos juros lá fora, que não dá trégua. Do outro, os rumores — sempre os rumores — sobre o que o Banco Central brasileiro pode aprontar na próxima reunião do Copom.

E o Dólar? No Mesmo Barco da Estabilidade

O câmbio, ah, o câmbio… seguiu o script do Ibovespa. O dólar comercial fechou o dia praticamente estável, numa daquelas performances que não fazem nem cócegas no noticiário econômico. Comprou e vendeu a R$ 5,41, sem grandes sustos ou euforias.

É como se a moeda norte-americana também estivesse esperando um sinal mais claro, uma direção definitiva para decidir seu próximo movimento. E no momento, esse sinal simplesmente não veio.

E agora, José? O que esperar dos próximos pregões? A sensação que fica é a de que estamos num daqueles momentos de respiro, onde o mercado segura a onda antes da próxima grande maré. Pode ser a calmaria que precede a tempestade, ou apenas um dia sem graça no tumultuado mundo das finanças. Só o tempo — e os próximos capítulos dessa novela — dirão.