
O governo decidiu apertar os cintos — e não, não é metáfora. Numa jogada para evitar que o preço da energia dispare nos Estados Unidos (sim, a gente sente o efeito aqui também), o Planalto anunciou cortes nos gastos públicos. A ideia? Equilibrar as contas antes que o barco vire de vez.
Não é segredo que o mundo todo tá sentindo no bolso a crise energética. E o Brasil, claro, não tá numa bolha. O que pega é que qualquer tremor lá fora acaba batendo aqui — e como. A equipe econômica, então, resolveu agir antes que a casa caia.
Onde vai o facão?
Os cortes não são aleatórios, mas estratégicos. Segundo fontes próximas ao ministério, áreas com "gordura" — aquela verba que fica encostada — serão as primeiras a sentir. Programas subutilizados, projetos emperrados... tudo na mira. Mas calma, saúde e educação devem escapar (pelo menos por enquanto).
E por que isso afeta os EUA? Bom, a economia global hoje é tipo dominó em cima de mesa bamba. Quando o Brasil segura suas tarifas, diminui a pressão internacional sobre commodities energéticas. Traduzindo: a gente segura a onda pra não virar tsunami lá fora.
E o consumidor brasileiro?
Parece contraditório, mas cortar gastos públicos pode, no fim das contas, evitar que sua conta de luz dê um pulo. A lógica é meio torta, mas faz sentido: menos desequilíbrio nas contas do governo = menos necessidade de repassar custos = alívio (relativo) no bolso do cidadão.
Claro que tem quem discorde. Alguns economistas torcem o nariz: "É como tomar remédio antes de ficar doente", diz um deles, que prefere não se identificar. Outros acham a medida tardia — "devia ter rolado ano passado", soltou um analista entre um gole de café e outro.
O fato é que, gostando ou não, a decisão tá tomada. Agora é torcer para o tiro sair pela culatra... ops, quer dizer, para acertar o alvo. Porque se errar, a conta — literalmente — vem mais alta.