
Finalmente, uma notícia que faz a fila do pão ficar mais leve: o Banco Central deu uma trégua naquela escalada maluca de juros que vinha apertando o cinto de todo mundo. Mas calma lá, não é hora de soltar foguete ainda — o alívio veio, sim, mas os desafios? Ah, esses teimam em ficar.
Depois de 12 aumentos seguidos da Selic (que parecia uma escada rolante só subindo), o Copom resolveu apertar o pause. A taxa ficou em 13,75% ao ano, e olha, até o cafezinho na padaria pareceu menos amargo com essa notícia. "É um sinal importante", diz o economista João Silva, enquanto ajusta os óculos. "Mas estamos longe de comemorar como se fosse gol nos acréscimos."
O outro lado da moeda
Quem pensa que a vida virou um mar de rosas, melhor dar uma espiada nas nuvens cinzentas no horizonte:
- Inflação ainda ronda como um zumbi teimoso — IPCA acumulado em 12 meses: 5,79%
- Crédito mais caro que iPhone novo — taxas médias de 40% no rotativo do cartão
- Crescimento patinando — PIB deve fechar 2023 com avanço mixuruca de 0,8%
"É tipo ganhar um chocolate depois de uma dieta rigorosa", comenta a microempresária Maria Santos, dona de uma loja de tecidos. "Doce, mas você sabe que não pode devorar tudo de uma vez."
O que esperar agora?
Os especialistas — aqueles que vivem de decifrar os humores do BC — estão divididos. Uns acham que o próximo movimento será de corte (ufa!), outros apostam que vamos ficar nesse limbo por um bom tempo. Enquanto isso:
- Juros altos continuam esfriando o consumo
- Investimentos produtivos seguem na geladeira
- Desemprego teima em não cair como deveria
E você, o que acha? Vai aproveitar para financiar aquele carro ou prefere esperar para ver se a maré vira de vez? Uma coisa é certa: o jogo econômico brasileiro nunca foi para os fracos de coração.