
E aí, o Fed mexeu ou não mexeu? Essa era a pergunta que tirava o sono dos investidores nas últimas semanas. Mas a resposta veio como um déjà vu: mais uma vez, o Banco Central americano decidiu manter tudo como está. Pela quinta reunião consecutiva, a taxa básica de juros dos EUA continua na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Não é surpresa pra ninguém — ou quase. O mercado já esperava essa decisão, mas sempre fica aquele friozinho na barriga. Afinal, quando o Fed espirra, o mundo pega pneumonia. E dessa vez? Bem, parece que vamos continuar no mesmo remédio.
Por que essa decisão importa — e muito — para o Brasil?
Olha só como as coisas se conectam: quando os juros sobem lá, o dinheiro fica mais caro aqui também. É como um efeito dominó que atravessa fronteiras. Dólar sobe, importações ficam mais caras, e aí aquele celular novo que você queria comprar...
- Inflação nos EUA ainda teima em não cair como esperado
- Mercado prevê que os cortes só devem começar no final do ano
- Para o brasileiro médio, isso significa dólar mais caro nas férias
Jerome Powell, o chefão do Fed, foi claro como água turva (sim, essa contradição foi de propósito): "Ainda não temos confiança suficiente" para começar a baixar os juros. Traduzindo: a inflação teima em não se comportar, então o remédio amargo continua.
E agora, José?
Enquanto isso, do outro lado do balcão, o Bacen brasileiro assiste ao espetáculo com pipoca. Nossa Selic já está em 10,50% — uma diferença brutal que faz o carry trade parecer um ímã para dólares. Mas calma lá, não é tão simples assim.
O que você, cidadão comum, precisa saber? Basicamente três coisas:
- Viagens internacionais continuarão custando um rim
- Importados vão seguir com preços salgados
- A pressão sobre o Real não deve aliviar tão cedo
No fim das contas, parece que 2024 vai ser mais um ano de "segura peão" na economia global. E o brasileiro? Bem, como sempre, se vira nos 30 — ou nos 5,50%, no caso.