O mercado financeiro brasileiro viveu um dia de montanha-russa nesta quarta-feira (14/08), com o dólar subindo como foguete e o Ibovespa despencando feito pedra. Não foi bonito de ver, mas vamos tentar explicar essa bagunça toda.
O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,42, uma alta de 1,93% - o maior valor desde abril deste ano. Enquanto isso, o Ibovespa, nosso principal índice de ações, caiu 2,15%, fechando em 117.345 pontos. Quem investiu em ações hoje provavelmente está com aquele aperto no estômago.
O que está por trás dessa turbulência?
Segundo analistas que acompanham o mercado há décadas, três fatores principais estão mexendo com os nervos dos investidores:
- Externo: Os dados de inflação nos EUA vieram mais quentes que o esperado, aumentando os temores de novos aumentos nos juros americanos
- Político: A indefinição sobre as reformas tributárias no Congresso está deixando o mercado com o pé atrás
- Econômico: Os últimos indicadores de atividade industrial mostraram fraqueza, o que não ajuda em nada
"Quando o dólar sobe assim, é como se o mercado estivesse gritando 'me tira daqui!'", brinca o economista Carlos Mendes, com mais de 20 anos de experiência. Mas a piada tem fundo de verdade - esse movimento reflete a fuga de capitais para ativos considerados mais seguros.
E agora, José?
Para o investidor comum, que não é nenhum magnata de Wall Street, a situação pede calma e paciência. Especialistas recomendam:
- Não entre em pânico e venda tudo - mercados voláteis são normais
- Diversifique seus investimentos para reduzir riscos
- Se for comprar dólar, espere um pouco - pode ser que o preço dê uma aliviada
O Banco Central já sinalizou que pode intervir no câmbio se a volatilidade continuar muito alta. Mas, entre nós, ninguém espera milagres. O jeito é segurar as pontas e torcer para a próxima semana trazer notícias melhores.
