Crédores da Itapemirim entram na Justiça contra arrendamento à Suzantur: entenda o imbróglio
Credores questionam arrendamento da Itapemirim

Parece que o caso Itapemirim está longe de ter um desfecho tranquilo. Credores da empresa — aqueles que têm dinheiro a receber — resolveram acionar a Justiça para questionar uma decisão que, na visão deles, pode prejudicar ainda mais a já combalida situação financeira do grupo.

O cerne da questão? O arrendamento dos ativos de transporte de passageiros para a Suzantur. Sim, aquela mesma Suzantur que já foi notícia por outras polêmicas no setor.

O que está em jogo?

A coisa é séria. Os credores argumentam, com certa razão, que o acordo de arrendamento pode — pasmem — reduzir significativamente o valor que a empresa teria para pagar suas dívidas. É como se você estivesse tentando vender sua casa, mas alguém alugasse uma parte importante dela por um preço abaixo do mercado, diminuindo o valor total do imóvel.

E não é pouca coisa não. Estamos falando de um negócio que envolve:

  • Frota de ônibus (aqueles que ainda estão em condições de rodar)
  • Terminais e pontos de apoio
  • Rotas e autorizações para operar
  • Toda uma estrutura que, bem administrada, vale uma fortuna

O outro lado da moeda

Claro que a Suzantur deve ter seus argumentos. Afinal, ninguém entra num negócio desses sem calcular os riscos. Mas os credores estão com a pulga atrás da orelha — e com razão, diga-se de passagem.

O juiz responsável pelo caso, Raphael de Carvalho, do Tribunal de Justiça de São Paulo, já deu seu aval ao arrendamento. Mas os credores não se conformam. Eles entraram com um recurso, tentando reverter a situação.

O que me preocupa nisso tudo? É que no final das contas, quem sempre se ferra são os passageiros e os trabalhadores. Enquanto as empresas brigam na Justiça, o serviço de transporte — essencial para milhares de brasileiros — fica capengando.

Um quebra-cabeça jurídico

O processo de recuperação judicial da Itapemirim já era complicado por si só. Agora, com essa pendenga toda, virou um verdadeiro labirinto jurídico. Cada decisão gera uma reação, que gera outro recurso, que gera mais custos... é um ciclo sem fim.

E os números? Bem, ninguém divulga valores exatos, mas pelas dimensões da Itapemirim — que já foi uma das maiores empresas de transporte do país — estamos falando de centenas de milhões de reais em jogo.

Para você ter ideia da complexidade, existem diferentes grupos de credores, cada um com seus interesses específicos:

  1. Credores trabalhistas (funcionários, ex-funcionários)
  2. Credores fiscais (Governo)
  3. Bancos e instituições financeiras
  4. Fornecedores de peças, combustível, etc.

Cada um desses grupos está tentando proteger seu próprio couro — e quem pode culpá-los?

O que esperar do futuro?

Honestamente? Mais confusão. Esses processos judiciais costumam se arrastar por meses, às vezes anos. Enquanto isso, a situação da empresa só piora — os ônibus envelhecem, o mercado muda, os passageiros buscam alternativas.

É triste ver uma empresa com tanta história — quantos brasileiros não viajaram em ônibus da Itapemirim ao longo das décadas? — definhando aos poucos entre idas e vindas judiciais.

Mas fazer o quê? O negócio é acompanhar os desdobramentos e torcer para que, no final, prevaleça o bom senso e os interesses de todos os envolvidos — especialmente dos que dependem desse serviço para trabalhar, estudar, viver.