
Pois é, parece que o cenário financeiro de Brasília está prestes a virar de cabeça para baixo. E não, não é exagero — a coisa é séria mesmo.
Numa jogada que mistura política, economia e um tanto de ousadia, os deputados distritais acabaram de abrir as portas para uma das maiores operações financeiras dos últimos tempos por aqui. A Câmara Legislativa, num daqueles momentos que a gente quase não vê na TV, aprovou por unanimidade — isso mesmo, sem um voto contra — o projeto que autoriza o Banco de Brasília (aquele mesmo, o BRB) a comprar nada menos que o Banco Master.
E olha, não foi uma decisão qualquer. Foram 23 votos a favor e zero contra. Até o governador Ibaneis Rocha deve estar surpreso com tanta concordância — coisa rara nesse meio, não é mesmo?
O que exatamente muda com essa aprovação?
Bom, em termos práticos, o BRB agora tem luz verde para iniciar o processo de due diligence. Traduzindo: vão meter a mão na massa e investigar cada centavo do Master, analisar ativos, passivos, dívidas… o pacote completo.
E tem mais — a proposta também permite que o banco público contrate instituições especializadas para assessorar toda a operação. Basicamente, estão montando um quebra-cabeças financeiro gigante, e querem ter certeza de que todas as peças se encaixam perfeitamente.
E os prazos? Como ficam?
Ah, os prazos! Sempre os prazos… O projeto estabelece um período máximo de 180 dias para concluir toda a avaliação. Seis meses que podem definir os rumos do sistema financeiro do Distrito Federal para os próximos anos.
E tem um detalhe crucial: qualquer decisão final sobre a compra ainda precisa passar pelo crivo da Assembleia de novo. Ou seja, os deputados vão ter a palavra final — de novo.
Parece redundante? Talvez. Mas na política, especialmente quando se trata de dinheiro público, redundância às vezes é sinônimo de prudência.
E o que dizem os envolvidos?
O autor do projeto, deputado Max Maciel (PSOL), defende a medida com unhas e dentes. Segundo ele, a aquisição vai "fortalecer a atuação do BRB" — e convenhamos, fortalecer instituição pública nos dias de hoje é mais que necessário, não acham?
Já o relator, deputado Wellington Luiz (PL), foi direto ao ponto: a medida vai "possibilitar a ampliação dos serviços financeiros oferecidos à população". Traduzindo: mais opções para você, eu e todo mundo que mora no DF.
E agora? Agora é aguardar. O projeto segue para sanção — ou veto — do governador Ibaneis Rocha. Considerando que a proposta saiu da Câmara com votação unânime, é bem provável que acabe sancionada.
Restam apenas duas certezas: primeiro, que os próximos meses serão decisivos para o futuro financeiro da capital. E segundo, que operações como essa raramente são simples — mas quando dão certo, podem transformar completamente o jogo.
Fica a pergunta no ar: será que vamos ver o BRB se transformar num gigante financeiro? Só o tempo — e talvez alguns meses de análise minuciosa — dirão.