
Não foi um dia de grandes sustos, mas de alívio para os investidores. Enquanto o Ibovespa subia como um balão em dia de vento favorável, o dólar despencava como se tivesse esquecido o paraquedas em casa. O cenário? Uma terça-feira que trouxe um respiro após dias turbulentos.
O índice da B3, essa nossa máquina de sonhos e pesadelos financeiros, fechou a sessão com um ganho de 0,67%, estacionando nos 117.171 pontos. Nada mal para um dia que começou com cara de "vai-nem-dá".
Dólar na ladeira
Já o dólar comercial — aquele que a gente ama odiar — caiu 0,96%, sendo negociado a R$ 5,5609 na venda. Parece pouco? Para quem vive de olho no câmbio, foi como encontrar um real esquecido no bolso da calça.
O que explica essa trégua? Alguns fatores:
- O mercado externo deu uma acalmada, com os investidores menos assustados
- As commodities (nossas velhas conhecidas) deram uma segurada na queda
- Até a política — sim, aquela que vive nos dando sustos — ficou mais comportada
Mas calma lá! Ninguém está soltando foguete ainda. Os analistas mais casca-grossa já avisam: pode ser só um descanso antes da próxima turbulência.
Setores que brilharam
Enquanto isso, na bolsa, alguns setores pareciam ter tomado café expresso:
- Petróleo e gás (+2,3%) — como se o pré-sal tivesse virado pré-doce
- Bens industriais (+1,8%) — a indústria dando sinais de vida
- Consumo cíclico (+1,1%) — o brasileiro ainda acreditando no "compre agora, chore depois"
Já os papéis de consumo não-cíclico... bem, esses pareciam estar de dieta, com queda de 0,3%. Até o arroz com feijão do mercado financeiro teve seu dia ruim.
"É aquela velha história", diz um trader que prefere não se identificar (e quem pode culpá-lo?). "O mercado sobe um dia, cai no outro. O importante é não entrar em pânico — ou então entrar, mas com estilo."
Enquanto isso, lá fora, os mercados americanos também deram uma segurada na queda. O S&P 500 subiu 0,34%, e o Nasdaq avançou 0,86%. Até o ouro — esse velho amigo dos apocalípticos — valorizou 0,3%.
E agora? Bom, agora é torcer para que essa trégua dure mais que a paz de um casal depois da primeira briga. Porque no mercado financeiro, como no amor, a única certeza é a incerteza.