Bolsa de Valores dá passo de tartaruga: Ibovespa recua levemente em semana de cautela
Bolsa recua 0,17% em semana de cautela

Parece que o pregão acordou com o pé esquerdo nesta segunda-feira. O Ibovespa, termômetro principal da bolsa brasileira, deu uma leve escorregada de 0,17%, ficando nos mornos 127.985 pontos — um movimento mais tímido que passos de formiga em areia movediça.

Não foi queda pra fazer ninguém gritar "meu Deus!", mas também não deu ânimo pra comemorar. O mercado tava com cara de quem toma café frio: sem entusiasmo, mas seguindo o baile. Setores como materiais básicos (-0,76%) e consumo cíclico (-0,42%) puxaram o freio, enquanto energia (+0,33%) tentou segurar as pontas.

O que tá tirando o sono do mercado?

Do lado de fora do Brasil, o cenário parece quadro expressionista — tudo meio borrado. Os investidores tão de olho:

  • Nos EUA, aquele vai-e-vem sobre quando o Fed vai cortar juros (será em junho? Setembro? Nunca?)
  • Na China, a economia que teima em não decolar como esperado
  • Nas tensões geopolíticas que pipocam aqui e ali

Internamente, a semana promete — ou ameaça, depende do ponto de vista — dados importantes como o IGP-M e a ata do Copom. "É aquela história: mercado odeia incerteza mais que vampiro odeia alho", comentou um operador, pedindo pra não ser identificado.

E os papéis individuais?

Enquanto a Via (-3,28%) e o Banco Inter (-2,13%) levavam tombos, a Petrobras (PETR4) subia 0,85%, mostrando que até em dia cinza tem quem brilhe. Vale (VALE3), por outro lado, recuou 1,13%, seguindo a queda dos minérios lá fora.

Analistas tão divididos como torcida em clássico. Uns acham que é só uma pausa antes de nova alta. Outros torcem o nariz: "Pode ser o começo de um ajuste mais sério", diz um relatório que chegou às mãos desta coluna.

O dólar? Ah, o dólar... subiu 0,47%, fechando a R$ 5,1183. Nada que assuste muito, mas o suficiente pra lembrar que a vida não é só sorvete de flocos.