
Eis uma daquelas reviravoltas que deixam até os analistas mais experientes coçando a cabeça. O Banco do Brasil, que acabou de divulgar números abaixo do esperado, viu suas ações dispararem quase 4% nesta sexta-feira. Parece contraditório? Pois é, o mercado financeiro tem dessas coisas — e como!
Enquanto o relatório trimestral mostrava um lucro líquido de R$ 8,4 bilhões (queda de 5,8% na comparação anual), os investidores pareciam mais interessados no copo meio cheio. "O mercado já precificou a queda e agora enxerga oportunidades", comenta um trader que prefere não se identificar.
O que está por trás do otimismo?
Três fatores principais explicam essa reação inesperada:
- Margens financeiras melhores que o projetado
- Controle rígido de despesas administrativas
- Expectativa de redução nos juros básicos da economia
Não fosse isso, a queda nos resultados poderia ter sido recebida com pânico. Mas como diz o ditado: "No mercado financeiro, o que importa não são os números absolutos, mas sim se eles batem ou não as expectativas." E dessa vez, o BB conseguiu surpreender positivamente onde menos se esperava.
E agora, o que fazer?
Para os pequenos investidores, a dúvida é cruel: aproveitar o momento de alta ou esperar por um possível ajuste? Alguns especialistas acreditam que o movimento ainda tem perna — outros já falam em "excesso de otimismo".
Uma coisa é certa: na bolsa de valores, até os melhores analistas podem ser pegos de surpresa. E essa sexta-feira foi mais uma prova de que, quando se trata do humor do mercado, a lógica convencional nem sempre se aplica.