
A realidade econômica está pesada — e os números não mentem. Uma pesquisa recente, divulgada nesta quarta-feira, traz um retrato que muitos brasileiros sentem na pele: 13,4% das famílias simplesmente não tinham condições de pagar suas dívidas em setembro.
É como se, a cada dez lares, mais de um estivesse com a corda no pescoço. E olha que setembro nem é o pior mês do ano — em agosto, a situação estava ainda mais complicada, com 14,2% das famílias na mesma enrascada.
O que está por trás desses números?
Bom, a gente sabe que o orçamento familiar é uma verdadeira ginástica. Entre contas básicas, parcelas do cartão e financiamentos, sobra pouco — quando sobra. A pesquisa, conduzida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, mostra que setembro trouxe uma ligeira melhora, mas ainda estamos falando de milhões de lares em situação delicada.
Parece pouco, 13,4%? Multiplique isso pelo número de famílias no Brasil e você terá uma dimensão assustadora do problema.
E tem mais...
Os dados revelam que as famílias estão, sim, tentando se organizar. O percentual daquelas que consideram suas dívidas "altíssimas" caiu de 12,8% em agosto para 11,8% em setembro. Uma queda modesta, é verdade, mas que indica algum movimento positivo.
Mas cá entre nós: quando o assunto é dinheiro no fim do mês, qualquer alívio é bem-vindo. A pesquisa ouviu famílias de todas as regiões do país entre os dias 1º e 10 de outubro, captando esse retrato instantâneo da nossa saúde financeira.
O que me preocupa — e deve preocupar você também — é que por trás desses percentuais secos existem histórias reais. Pessoas adiando o mercado, remarcando consultas médicas, escolhendo qual conta pagar primeiro. É a economia do dia a dia mostrando sua face mais dura.
E agora? Bem, os especialistas acompanham esses indicadores mês a mês, tentando entender para onde o vento sopra. Setembro deu uma trégua, mas ninguém sabe se outubro seguirá o mesmo caminho ou se trará novas surpresas.
Enquanto isso, nas cozinhas, salas e quartos do Brasil, as contas continuam chegando — e a esperança é que o próximo mês seja um pouco mais gentil com o bolso do brasileiro.