
Numa noite que prometia — e cumpriu — desvendar os meandros da nossa tão complexa economia, o badalado economista Ricardo Amorim fez parar o burburinho de Goiânia. O cara, que tem mais tino pra previsão que meteorologista em dia de temporal, botou a plateia pra pensar (e rir, porque dinheiro sem humor é contabilidade chata).
O Brasil num xadrez global
"Se acham que o dólar tá alto agora..." — soltou Amorim com aquela cara de quem sabe demais. Entre um gole de café e gráficos que mais pareciam arte abstrata, ele esmiuçou como o país tá dançando no fio da navalha entre crises internacionais e nossa velha conhecida instabilidade política.
Três pontos que fizeram a galera anotar freneticamente:
- O agro não é só pop — é a âncora que tá segurando o barco enquanto os outros setores remam contra a maré
- Tecnologia verde — o ouro do século XXI pode ser... bem, verde mesmo, e o Brasil tem carta na manga
- Juros — preparem o bolso, porque a montanha-russa do crédito ainda vai dar voltas
Goiás no centro do tabuleiro
Pra quem achava que tudo acontece no eixo Rio-São Paulo, Amorim deu uma aula de geografia econômica. "Aqui no Centro-Oeste..." — e citou números que fariam qualquer empresário repensar onde plantar (literalmente) seu dinheiro. O cerrado virou protagonista numa narrativa que mistura soja, energia limpa e — pasmem — até inteligência artificial aplicada ao campo.
Numa sacada que misturava história e futurismo, ele comparou o potencial goiano ao faroeste americano do século XIX — só que com drones no lugar de cavalos. Quem estava lá jurou ter visto olhos brilhando na plateia.
E o cidadão comum?
Num momento quase confessional, Amorim baixou a guarda: "Se eu tivesse que apostar minhas economias agora...". O silêncio foi tão cortante que dava pra ouvir o barulho das canetas caindo. Sua receita? Uma mistura inusitada de precaução e ousadia — como surfar com colete salva-vidas.
O evento, que lotou o auditório principal do Centro de Convenções, deixou claro: entender economia nunca foi tão urgente (e, surpreendentemente, divertido). Como disse um dos participantes ao sair: "Parece que finalmente alguém traduziu economês pra português de verdade".