Lula na COP30: Amazônia como 'Bíblia' e mercado em alerta
Lula na COP30 e mercado em atenção ao dólar e Ibovespa

Lula defende Amazônia na COP30 enquanto mercado monitora indicadores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa das reuniões da COP30 em Belém, onde fez uma declaração impactante ao comparar a importância da Amazônia para o mundo com a de uma "Bíblia". Enquanto isso, os mercados financeiros mantêm-se atentos aos movimentos internos e externos que podem influenciar a economia brasileira.

Panorama do mercado financeiro

O dólar inicia a sessão desta sexta-feira (7) com os olhos voltados tanto para o cenário doméstico quanto internacional. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre seus negócios às 10h, com o mercado mantendo-se em estado de expectativa.

Os investidores acompanham de perto as declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e os resultados corporativos que continuam movimentando a bolsa brasileira. No plano local, a agenda econômica traz dados de preços e indústria que ajudarão a medir o ritmo da atividade econômica nacional.

Indicadores econômicos em destaque

Entre os indicadores do dia, o IGP-DI de outubro foi divulgado às 8h, seguido pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) de setembro às 9h. Às 10h, os dados da produção industrial do mesmo mês completam o panorama estatístico.

O desempenho do Ibovespa reflete o impacto da temporada de balanços, com destaque especial para a Petrobras, que reportou lucro líquido de US$ 6,03 bilhões no terceiro trimestre, representando alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2024. A empresa anunciou ainda R$ 12,2 bilhões em dividendos, equivalentes a R$ 0,94 por ação.

Cenário internacional e decisões monetárias

Nos Estados Unidos, os investidores aguardam discursos de membros do Fed ao longo do dia em busca de sinais sobre a postura do comitê em relação a possíveis novos cortes de juros na reunião de dezembro.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. A decisão, tomada na quarta-feira (5), foi unânime e representa o maior patamar em quase 20 anos.

O Banco Central justificou a manutenção citando que "o ambiente externo ainda se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais". O Comitê reforçou que segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil.

Outros destaques da economia brasileira

Outro tema relevante foi a votação no Senado, na quarta-feira, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais. O texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Lula para entrar em vigor.

Os números acumulados mostram que o dólar apresenta queda de 0,59% na semana e no mês, com recuo de 13,46% no ano. Já o Ibovespa acumula alta de 2,54% na semana e no mês, com valorização de 27,48% no ano.

Enquanto o presidente Lula defende a importância global da Amazônia na COP30, o mercado financeiro demonstra cautela diante dos desafios econômicos internos e externos, mantendo-se atento aos próximos movimentos das autoridades monetárias e aos indicadores que sinalizam a direção da economia.