Inflação dá trégua em agosto: preços dos alimentos despencam e aliviam o bolso do brasileiro
IPCA-15 tem deflação de 0,14% em agosto com queda nos alimentos

Parece que finalmente temos um alívio no front da inflação—e que alívio! O IPCA-15, aquela prévia da inflação que todo mundo fica de olho, veio com números que surpreenderam até os economistas mais otimistas: queda de 0,14% em agosto. Sim, você leu certo: queda.

E o grande herói—ou vilão, dependendo do ponto de vista—foi mesmo o grupo de alimentação e bebidas. Quem foi ao mercado nas últimas semanas já deve ter notado: os preços deram uma boa baixada. Itens como tomate, arroz, feijão e até a carne bovina apresentaram reduções significativas. Aquele almoço em família vai pesar um pouquinho menos no bolso este mês.

O que caiu e o que subiu?

Vamos aos detalhes que importam. No grupo de alimentação, a deflação foi de expressivos 1,02%. Só o subgrupo dos alimentos in natura recuou 2,75%—uma queda e tanto! Mas nem tudo são flores: habitação e transportes ainda pressionaram o índice para cima. A energia elétrica e os preços dos veículos usados, por exemplo, continuaram na escalada.

  • Tomate: uma queda brutal de 21,99%
  • Arroz: recuo de 3,79%
  • Carne bovina: finalmente caiu 1,94%
  • Energia elétrica: ainda subiu 0,78%
  • Transportes: aumento de 0,56%

E olha só que curioso: enquanto o arroz e o feijão dão uma trégua, o táxi e aplicativos de transporte seguem mais caros. A vida moderna tem seus paradoxos, não é mesmo?

E as regiões do Brasil?

Quase todo o país respirou aliviado. Das onze regiões metropolitanas pesquisadas, nove registraram queda nos preços. Só Goiânia e Belém ficaram no positivo—e mesmo assim com aumentos bem modestos. Salvador liderou as quedas com deflação de 0,67%, seguida por Curitiba com -0,52%.

Quem diria, hein? Depois de meses vendo a inflação corroer o poder de compra, o brasileiro finalmente pode comemorar—ou pelo menos respirar aliviado—ao fazer as compras do mês.

É claro que um mês não faz verão, como diz o ditado. Os economistas seguem cautelosos, lembrando que a inflação acumulada ainda está em 3,66% no ano. Mas, convenhamos: depois de tempos tão difíceis, qualquer sinal de alívio é bem-vindo.