INPC de setembro: inflação de 0,52% acende alerta sobre o bolso do brasileiro
Inflação medida pelo INPC foi de 0,52% em setembro

Parece que o alívio no bolso do brasileiro ainda vai demorar um pouco mais para chegar. Os números de setembro chegaram e, bem, não são lá essas maravilhas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — aquele que mede como andam os preços para as famílias de baixa renda — registrou uma inflação de 0,52% no mês passado.

Isso significa que, na prática, o dinheiro continua escorrendo entre os dedos nas feiras, nos mercadinhos e nas farmácias do país. E olha, setembro foi bem mais generoso no ano passado, quando a inflação ficou em apenas 0,17%. A diferença é daquelas que a gente sente no fim do mês.

Onde o calo mais apertou?

Se você sentiu que a comida ficou mais cara, não foi impressão sua. Os alimentos e bebidas foram os grandes vilões da história, com alta de 0,85%. Parece pouco? Tente explicar isso para quem está no caixa do supermercado.

Mas não foi só isso não. A saúde — aquela despesa que ninguém pode cortar — também deu seu troco, subindo 0,79%. Despesas pessoais, 0,78%. Transportes, 0,51%. É como se tudo conspirasse para esvaziar a carteira do trabalhador.

Algumas luzes no fim do túnel?

Curiosamente — e isso é quase um alívio cômico — três grupos de produtos e serviços até apresentaram deflação. Sim, os preços caíram! Comunicação (-0,26%), vestuário (-0,25%) e habitação (-0,02%) deram uma pequena trégua no orçamento.

Mas vamos combinar: quando a comida e a saúde pesam tanto, fica difícil comemorar queda no preço das roupas ou da internet.

No acumulado do ano, a situação é ainda mais reveladora: 2,74% de inflação. E nos últimos doze meses? 3,78%. São números que contam uma história que todo brasileiro conhece bem — a do dinheiro que não estica tanto quanto antes.

Os técnicos do IBGE destacaram alguns produtos específicos que puxaram essa alta. Feijão-carioca (8,92%), cebola (8,27%) e tomate (6,78%) lideraram o ranking dos alimentos mais salgados. Já pensou no preço da feijoada?

Enquanto isso, nas regiões metropolitanas pesquisadas, Porto Alegre (0,71%) e Belo Horizonte (0,66%) sentiram o maior impacto. São Paulo, com 0,48%, ficou um pouco abaixo da média nacional — mas ainda assim longe de ser motivo para comemoração.

A verdade é que esses números do INPC mostram mais do que estatísticas. Mostram o dia a dia de milhões de brasileiros que precisam fazer malabarismos para fechar as contas no fim do mês. E setembro, pelo visto, foi mais um mês de contas apertadas.