
O anúncio de novas tarifas por Donald Trump pegou muita gente de surpresa — e o Brasil, claro, não ficou de fora do radar. A medida, que parece mais um capítulo daquela novela cheia de reviravoltas que é a política comercial dos EUA, pode dar dor de cabeça para exportadores brasileiros. Mas calma, não é o fim do mundo. Ou será?
O que está em jogo?
Quando o assunto é comércio exterior, Trump sempre arruma um jeito de botar lenha na fogueira. Dessa vez, setores como o de aço, suco de laranja e até carne bovina podem sentir o baque. E olha que a gente já vinha numa montanha-russa de incertezas desde o ano passado.
— O problema não é só o valor em si, mas o efeito dominó — comenta um economista que prefere não se identificar. — Quando os EUA espirram, o Brasil pode pegar um resfriado feio.
Números que preocupam
- Exportações brasileiras para os EUA: US$ 28 bilhões em 2024
- Setor agrícola representa 37% desse total
- Possível redução de até 15% no fluxo comercial
Não é brincadeira. Enquanto alguns analistas falam em "tempestade passageira", outros já preveem meses difíceis pela frente. O ministério da Economia promete "ações estratégicas", mas ninguém sabe ao certo o que isso significa na prática.
E o consumidor brasileiro?
Pois é, a conta pode chegar pra gente também. Produtos importados dos EUA — de iPhones a medicamentos — podem ficar mais caros. Já pensou pagar mais pelo seu whey protein? O pessoal da academia não vai gostar nada disso.
Mas nem tudo são más notícias. Alguns setores podem até se beneficiar com a situação. A indústria nacional de aço, por exemplo, pode ganhar fôlego com a redução da concorrência externa. Silver lining, como dizem os gringos.
O que esperar?
- Negociações bilaterais devem se intensificar
- Possível busca por novos mercados alternativos
- Ajustes na política cambial brasileira
No fim das contas, o Brasil já passou por crises piores — lembra daquele furacão em 2008? A resiliência da nossa economia já foi testada antes. Mas dessa vez, o jogo político parece mais imprevisível do que nunca. Fica a pergunta: será que nossos governantes estão preparados para esse xadrez global?