Queda expressiva do dólar surpreende mercado brasileiro
O dólar viveu um dia de forte baixa nesta terça-feira, 12 de novembro de 2025, registrando seu menor patamar em 17 meses. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,2746, representando uma queda significativa de 0,62% em relação ao fechamento anterior.
Contexto internacional favorece moeda brasileira
No cenário externo, o alívio veio com a dissipação do temor de um shutdown nos Estados Unidos. A possibilidade de um fechamento do governo americano, que preocupava investidores, perdeu força, permitindo que o mercado financeiro respirasse mais aliviado.
Além disso, o mercado de trabalho norte-americano mostra sinais de desaceleração, aumentando as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa adotar uma política monetária mais branda no futuro, com possíveis cortes na taxa de juros.
Fatores internos impulsionam valorização do real
No front doméstico, dois fatores principais contribuíram para o bom desempenho do real:
A ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) foi interpretada pelo mercado como menos rigorosa do que o esperado, indicando um cenário potencialmente mais favorável para os juros no Brasil.
O IPCA de outubro trouxe uma surpresa positiva, registrando alta de apenas 0,09%, valor que ficou significativamente abaixo da expectativa do mercado, que era de 0,16%. Este dado inflacionário mais controlado fortaleceu a confiança na economia brasileira.
Queda generalizada do dólar no exterior
O enfraquecimento do dólar não se limitou ao real. O Índex U.S. Dollar (DXY), que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de outras moedas importantes, recuou 0,15%.
Esta queda reflete a perda de força do dólar frente a moedas como o euro e o iene, indicando que os investidores globais estão mais dispostos a assumir riscos em outros mercados, reduzindo a preferência pela segurança tradicionalmente oferecida pela moeda americana.
No acumulado do ano, a desvalorização do dólar frente ao real já chega a impressionantes 14,6%, demonstrando a robustez da moeda brasileira no cenário econômico atual.