
Parece que o alívio no bolso do petrolinense foi curto e, vamos combinar, nem deu tempo de sentir direito. A famosa cesta básica, aquele conjunto de produtos essenciais que define o orçamento de tantas famílias, voltou a ficar mais pesada — e não estou falando do peso dos produtos, mas sim do preço.
Os dados mais recentes, divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostram um cenário nada animador para o mês de julho. Após uma breve queda em junho, o indicador deu uma guinada e subiu expressivos 2,21%. Um baque para quem já contava cada centavo.
Os Grandes Vilões do Mês
Quem foi ao mercado deve ter notado. O café, aquele companheiro indispensável das manhãs (e das tardes, e das noites…), liderou o ranking dos reajustes com uma alta que beirou os 9%. Um susto e tanto! Logo em seguida, veio a farinha de trigo, base de tantos alimentos, subindo mais de 7%. E para completar o trio de choque, o tomate, sempre volátil, também encareceu.
Mas não para por aí. A lista de itens que pressionaram para cima o valor total da cesta é longa e dolorida: carne bovina, óleo de soja, banana, açúcar cristal e até o pão francês, nosso querido pão de cada dia, tudo ficou mais caro. Difícil escapar.
E Do Outro Lado da Moeda?
Nem tudo foram más notícias, mas as quedas foram bem mais tímidas. O feijão carioca e a cebola apresentaram uma ligeira desaceleração nos preços, dando um pequeno fôlego. A batata também recuou um pouco. Mas, convenhamos, foi um alívio mínimo perto do tsunami de altas que varreu as gôndolas.
O resultado prático disso tudo? O valor total da cesta básica na cidade saltou de R$ 783,79 em junho para R$ 801,10 em julho. Uma diferença que, no fim do mês, faz toda a falta.
E Agora, José?
Esse movimento de sobe e desce nos preços é um verdadeiro cabo de guerra no orçamento das famílias. Especialistas apontam que fatores sazonais, típicos do período, e oscilações na oferta dos produtos agrícolas são os principais motores dessa instabilidade. Fica aquele aperto no peito: será que agosto vai trazer uma trégua, ou a tendência é de mais aperto?
Uma coisa é certa: o consumidor de Petrolina precisa continuar de olho aberto e buscando as melhores alternativas para fechar as contas no azul. Fica o alerta para os próximos meses.