Governo Contra-Ataque: BNDES Abre Coffre de R$ 30 Bi para Empresas Atingidas por Tarifa dos EUA
BNDES libera R$ 30 bi contra tarifa dos EUA

Pois é, o jogo ficou pesado para o lado de cá. Aquele anúncio pesado dos Estados Unidos — a tal sobretaxa de 10% sobre nossas exportações de aço e 20% sobre alumínio — mexeu com a engrenagem toda. Mas o governo federal, em uma jogada que muitos já chamam de 'contra-ataque necessário', não ficou só olhando.

Na tarde desta quarta, saiu o pacote: um verdadeiro colchão de liquidez de R$ 30 bilhões via BNDES. A ideia? Jogar uma boia salva-vidas para as empresas nacionais que estão sentindo o baque na linha de flutuação. E olha, não é pouco não.

Como a Grana Vai Funcionar na Prática?

A linha de crédito, batizada provisoriamente de 'Fundo de Apoio à Competitividade das Empresas Nacionais Impactadas por Medidas Comerciais Externas' (um nome que só no governo mesmo, né?), não vai ser para qualquer um. O foco são as médias e grandes empresas que comprovadamente perderam contratos ou tiveram margens esmagadas por causa da tarifa.

  • Taxas diferenciadas: A expectativa é que os juros fiquem abaixo do mercado, mas os detalhes finais ainda estão sendo costurados.
  • Prazo é o segredo: A intenção é oferecer prazos alongados para pagamento, dando fôlego real para quem precisa se reestruturar.
  • Nada de dinheiro novo, na verdade. Os recursos saem do já existente Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), aquele mesmo que financia programas de desenvolvimento.

— É uma medida de emergência, um paliativo. Ninguém aqui está iludido de que resolve o problema de fundo — comentou um analista do mercado que preferiu não se identificar. — Mas é melhor que um chá de cadeira, não é mesmo?

E Agora, José?

A grande pergunta que fica é: será suficiente? A gente sabe que o setor siderúrgico brasileiro já vinha numa montanha-russa de altos e baixos nos últimos anos. Jogar R$ 30 bi na mesa é um movimento ousado, sem dúvida. Mas a disputa comercial internacional é um jogo de xadrez complexo, cheio de lances imprevisíveis.

Especialistas ouvidos pela reportagem são cautelosamente otimistas. A medida pode, sim, evitar demissões em massa e manter a competitividade de setores estratégicos a curto prazo. No longo prazo, porém, a solução terá que ser política e diplomática. Enquanto isso, o BNDES segura as pontas.

O que você acha? É um tiro no escuro ou uma jogada de mestre? O tempo — e o mercado — vão responder.