
Parece que o jogo comercial entre Brasil e Estados Unidos está prestes a esquentar — e não do jeito que gostaríamos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) soltou um dado que deixou todo mundo de cabelo em pé: quase 78% do que exportamos para os ianques podem ficar mais caros por lá. E olha que não é pouca coisa.
Segundo a galera da CNI — que passou os últimos meses fuçando números como detetives fiscais —, 77,8% dos produtos brasileiros enviados aos EUA estão na mira de taxações extras. Isso significa que, do café da manhã ao jantar deles, quase tudo que tem um "made in Brazil" pode subir de preço nas prateleiras.
O Que Está em Risco?
Vamos aos detalhes que doem:
- Aço e ferro: Nossos tubos e chapas podem ficar até 25% mais caros para os americanos
- Sucos e frutas: O suco de laranja, nosso cartão-postal, na lista
- Produtos químicos: Itens básicos da indústria deles com tarifa extra
E aqui vai o pulo do gato: enquanto o governo brasileiro tenta negociar acordos comerciais mais vantajosos, os industriais estão literalmente fazendo contas para ver onde o prejuízo vai bater mais forte. "É como jogar xadrez com peças que mudam de valor a cada movimento", diz um economista que prefere não se identificar.
E Agora, José?
A CNI não ficou só no diagnóstico. Eles mandaram um recado claro: ou o Brasil diversifica seus mercados rápido, ou vamos ficar reféns dessa montanha-russa tarifária. Algumas ideias que estão na mesa:
- Acelerar acordos com a União Europeia e Ásia
- Investir pesado em produtos com maior valor agregado
- Criar uma "task force" comercial para antecipar essas barreiras
Mas tem um porém — e não é pequeno. Enquanto isso, as indústrias que dependem das exportações para os EUA já começam a sentir o calo apertar. "É como se preparar para um furacão que você sabe que vem, mas não sabe exatamente quando", comenta o dono de uma metalúrgica de Minas Gerais.
Uma coisa é certa: 2024 promete ser um ano de decisões difíceis para o comércio exterior brasileiro. E dessa vez, o jogo pode estar sendo jogado em campo inimigo.